“Talvez você possa ver a árvore que você acende como um símbolo de muitas, muitas velas que precisam ser acesas e estar em chamas dentro de você, para trazer a consciência total ao seu brilho eterno no nível externo de sua existência manifesta. Cada reconhecimento, cada insight, cada admissão honesta, cada descamação de uma máscara parcial, cada rompimento de uma defesa, cada passo de coragem e honestidade onde você assume a responsabilidade por sua negatividade, é um acendimento de mais uma vela. Você traz luz para sua alma trazendo verdade para sua escuridão.”

Se não nos preocupamos com o que os outros pensam... se estamos seguros de nós mesmos e verdadeiros conosco mesmos, como estamos agora... se temos a coragem de ser o que e quem somos, então o medo não pode nos tocar. Quando nos sentimos tímidos, então, estamos inconscientemente com medo de que os outros vejam que não somos como fingimos ser.

Da perspectiva do ego, o certo é bom, o errado é ruim. E, no entanto, a vida não parece realmente funcionar dessa maneira. Se olharmos ao redor, vemos muitas pessoas hoje certas de que estão certas, que seu lado está certo. Quanto mais arraigado isso se torna, mais luta, divisão e ódio há. Então, lutar mais para estar certo não está levando ninguém à paz. Felizmente, a realidade do ego não é a única realidade que existe. Há uma realidade maior que pode conter uma perspectiva muito diferente, uma perspectiva maior, um resultado melhor. É o lugar do conhecimento.

Cada um de nós deve fazer qualquer trabalho de desenvolvimento que seja certo para nós, sem pular etapas. Mas não importa em que estágio estejamos, se resistirmos ao movimento para frente, ficaremos presos. Considere, também, que todos nós nos juntamos a um grupo de pessoas que estão em um certo nível de desenvolvimento. E o que é certo para qualquer grupo em qualquer momento se tornará obsoleto — até mesmo destrutivo — em um momento posterior... O estado que está surgindo agora é sobre trabalhar juntos como grupos. Isso significa que nosso foco precisa mudar do indivíduo para o todo.

Este caminho espiritual funciona de fora para dentro. Deve funcionar. Porque as camadas externas da nossa psique são o que temos acesso direto. Por um momento, porém, vamos olhar para isso do outro lado do telescópio. Em outras palavras, vamos olhar como acabamos lutando entre nós mesmos, contra nós mesmos e dentro de nós mesmos. Como nos perdemos tanto?

Poderíamos dizer que foi Deus quem criou as leis espirituais. Mas seria mais correto dizer que Deus são leis espirituais. Eles são gentis e amorosos, permitindo-nos escolher se queremos segui-los. Mais apropriadamente, podemos escolher quanta dor queremos tolerar.

Você poderia dizer que a busca pela mentira – e mais importante, por como corrigi-la – é o objetivo da encarnação. Mas como? Por onde começamos? Acredite ou não, o lugar mais lógico para procurar a verdade é procurar a mentira. Começamos nos encarando como somos agora. Onde estamos lutando? O que dói em nossa vida? Onde há desarmonia, conflito, infelicidade? Pois estes não são destinos aleatórios e infelizes que não podemos controlar. Pelo contrário, são o resultado natural da mentira. E basta nos voltarmos e enfrentarmos as nossas dificuldades para percebermos isso.

O ódio é um sentimento muito fortalecedor. Isso nos ilumina. O fato de estar tão energizado torna muito difícil abandonar nosso ódio. Mas o ódio nunca está alinhado com a verdade de quem somos. Pois, no nosso âmago, todos nós brilhamos os mais lindos raios do amor. E nos sentimos muito, muito melhor quando o amor é o que acende nosso fogo. Portanto, se o nosso objetivo é sentir amor, devemos chegar ao fundo do nosso ódio.