O termo Nova Era tem sido muito usado. Algumas pessoas o usaram com o entendimento correto, outras conseguiram transformá-lo em um clichê. Isso é inevitável. Acontece com conceitos verdadeiros devido à tendência das pessoas de serem preguiçosos e loquazes. Eles usam um rótulo para não terem que sentir a realidade de uma certa verdade. Mas para aqueles que podem evitar essa armadilha, eles não devem desistir de usar um termo que transmita uma ideia verdadeira. É devido a essa tendência que palavras diferentes nesses ensinamentos usam palavras diferentes para expressar a mesma verdade.

Um novo influxo está fluindo porque a humanidade cresceu o suficiente para estar pronta para isso. Isso é o que está acontecendo agora.
Um novo influxo está fluindo porque a humanidade cresceu o suficiente para estar pronta para isso. Isso é o que está acontecendo agora.

É devido a essa tendência que palavras diferentes são usadas nesses ensinamentos para expressar a mesma verdade. Além disso, de tempo em tempo, o verdadeiro significado de uma palavra específica é dado em um esforço para manter vivo seu conceito verdadeiro. No que diz respeito à Nova Era, já foi afirmado que em vários intervalos da história, nosso mundo é varrido por um novo influxo que vem fluindo através dele. Quando isso acontece, é porque a humanidade cresceu o suficiente para estar pronta para este evento. E é isso que está acontecendo agora.

“Bênçãos, meus queridos e amados amigos. A luz de Deus envolve todos vocês. Esta luz contém tudo que vocês precisam. Tentem percebê-la, tentem sentir sua realidade. Ela está sempre lá para vocês, e na medida em que vocês refinam seu ser interior por meio do processo de purificação, vocês não podem deixar de se conscientizar dessa luz que flui por todo o universo, por toda a criação. Aqueles entre os filhos de Deus que escolheram fazer o melhor de suas vidas através desse caminho são especialmente abençoados. Pois com esta oportunidade de purificar-se e servir a Deus, eles preenchem uma grande necessidade no Plano da Salvação.”

– Guia Pathwork

À medida que entramos totalmente nesta nova era, a consciência do espírito de Cristo está agora permeando este mundo, tentando penetrar a consciência de cada pessoa em um grau cada vez maior. Quando esse novo influxo poderoso chega, ele é acompanhado por certas coisas que podem não ser agradáveis, aceitáveis, bem-vindas ou mesmo construtivas. Os eventos que estão acontecendo na Terra agora, que a maioria das pessoas considera absolutamente indesejáveis, são resultado direto do influxo desta energia. Mas, na verdade, sem isso, a expansão e o crescimento da consciência inerentes a esta nova era não poderiam acontecer.

Nossas mentes ainda estão muito voltadas para o futuro imediato. Acreditamos que o que é certo e bom neste momento também será certo e bom eternamente. Se algo parece ser mau agora, também deve ser mau a longo prazo. Porém, raramente este é o caso. Às vezes, o que parece ser uma manifestação totalmente negativa, foi realmente necessário para que o desenvolvimento completo acontecesse. Isso se aplica a cada pessoa da mesma forma como se aplica à humanidade como um todo ou, em outras palavras, à entidade que é a Terra.

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

Para ter uma comunicação verdadeira com o outro, devemos ser capazes de nos comunicar conosco. Devemos ser capazes de acessar níveis internos que não podíamos alcançar antes.
Para ter uma comunicação verdadeira com o outro, devemos ser capazes de nos comunicar conosco. Devemos ser capazes de acessar níveis internos que não podíamos alcançar antes.

Comunicação

Existem alguns elementos específicos que acompanham esse novo influxo. Um deles é a comunicação, que se desenvolve conforme a consciência evolui. À medida que um ser espiritual se desenvolve, existirá também a capacidade de se comunicar, que inclui a capacidade de ouvir e nos expressarmos de maneira apropriada e adequada. Se nosso desenvolvimento for prejudicado, nossa capacidade de comunicação será limitada.

É assim que vemos muitas pessoas que não podem ou nem tentarão expressar em palavras o que estão pensando e sentindo. Esses indivíduos ou têm muito orgulho ou exigem que os outros os compreendam, sem que tenham de fazer um esforço para serem compreendidos. Pois nos tornarmos compreensíveis requer algum trabalho. Mas todos podem e irão aprender a arte da comunicação. Fazer isso vai nos pedir para cooperar, usando nossa boa vontade e intencionalidade positiva.

Vamos examinar isso um pouco mais, começando pelo nível mais externo. Não é por acaso que um dos principais resultados da tecnologia de hoje é a comunicação. Mesmo que este nível de comunicação se aplique apenas a eventos externos, ele ainda tem um grande impacto nos níveis internos das nossas almas. Em primeiro lugar, aproxima-nos bastante. Em eras passadas, havia uma sensação muito maior de separação por causa da distância entre as pessoas. A incapacidade de se comunicar criava a ilusão de que outras pessoas eram inerentemente diferentes—estranhas. Os inimigos, portanto, não eram confiáveis. Mas quando descobrimos que, em relação aos princípios básicos da vida—sofrimento e saudade, viver e morrer—os outros são iguais a nós e muito do medo é eliminado. Então a ilusão e a inimizade vão embora. Isso contribui bastante para o movimento crescente da humanidade em direção à unidade.

Nosso crescimento espiritual é alimentado por nosso conhecimento do que está acontecendo no mundo. No passado, nosso isolamento e separação faziam o mundo parecer vasto—vasto demais para que pudéssemos compreendê-lo. Nossas tragédias pessoais pareciam únicas, então não tínhamos o senso de irmandade. Hoje, mesmo as pessoas menos espiritualizadas são capazes de experienciar o mundo inteiro de uma maneira diferente. O planeta não parece tão estranho. Apenas saber sobre os eventos que estão acontecendo em outras partes do mundo neste momento cria uma consciência geral expandida e isso tem um impacto no desenvolvimento de uma alma.

A tecnologia, então, não se opõe a viver uma vida espiritual ou a se desenvolver espiritualmente. Muitas vezes, ela é mal direcionada e abusada e por isso é vista como um obstáculo à nossa espiritualidade. Mais uma vez, podemos ver como tudo na Terra e no universo é uma expressão da vontade divina. É assim que a criação pode servir e serve ao grande plano. Não é possível criar algo aqui que não tenha raízes no Mundo Espiritual. Todo mal—todas as manifestações demoníacas—só podem ser criações divinas mal utilizadas. Elas são sempre distorções e nunca podem criar a si mesmas.

Agora temos a capacidade de testemunhar os eventos que estão acontecendo com os irmãos e as irmãs em todo o mundo, e nossa capacidade de compartilhar suas experiências com eles tem um impacto importante em nós. Além disso, nossa capacidade de nos movermos com bastante rapidez de um canto do mundo para outro nos permite abordar as leis do mundo espiritual, onde o movimento é um com o pensamento e, portanto, simultâneo.

A comunicação é de fato um subproduto altamente importante ao tornar-se mais avançado espiritualmente. À medida que evoluímos, também melhoramos nossa capacidade de comunicação em níveis mais sutis. Podemos seguir abordagens psicológicas que aumentam nossa consciência de nós mesmos e, quando nos compreendemos melhor, podemos nos comunicar melhor. Enquanto estivermos no escuro sobre nossos próprios sentimentos, nossas necessidades e nossas reações verdadeiras—sem mencionar o desconhecimento do que está acontecendo com outras pessoas—não é possível criar uma ponte com elas de forma significativa.

É essencialmente o mesmo para uma criança que, quando muito nova, não sabe realmente que está solitária ou sofrendo. A criança não sabe que precisa de mais amor, atenção ou compreensão. Se a criança pudesse articular tudo isso, seria apenas um pequeno passo para compartilhar esses sentimentos com alguém. Portanto, sem comunicação adequada, permanecemos no escuro, vivendo em uma névoa de confusão e isolados dos outros. O espírito de Cristo representa o oposto disso. Ele conduz à luz da consciência, da irmandade e da comunicação.

Claramente, para ter uma comunicação verdadeira com o outro, devemos ser capazes de nos comunicar conosco. Devemos ser capazes de acessar níveis internos que não podíamos alcançar antes. Portanto, o autoconhecimento é a fundação, a base. Pois como podemos comunicar algo que não sabemos? É por isso que neste caminho espiritual é enfatizado principalmente o autoconhecimento e a autoexploração. Mas não devemos parar por aí. O autoconhecimento é apenas a primeira parte do caminho.

A partir daqui, aprenderemos organicamente a dar o próximo passo na arte da comunicação. Teremos que abandonar o estado de semi-acordados e optar por pensar, praticar e observar a nós mesmos. Não funcionará mais supor que alguém simplesmente deva saber como nos sentimos. Será necessário um esforço para amavelmente entrar em contato, explicar e procurar pacientemente nos labirintos do mal-entendido.

Quanto mais praticarmos isso, mais espontânea será nossa comunicação. Seremos automaticamente capazes de ser exteriormente o que, no passado, só éramos capazes de ser interiormente e em segredo. Imagine a enorme diferença que tal mudança poderia fazer em nossas comunicações. Não é verdade que muitas vezes pensamos que alguém está sendo mau quando, na realidade, a outra pessoa tem medo de nós e usa a frieza como defesa? Se soubermos disso, nosso próprio medo, raiva e falso orgulho serão removidos. Se soubermos disso, talvez possamos ver essa pessoa de uma maneira totalmente nova. Isso, por sua vez, pode ajudá-los a dissolver as defesas negativas deles e que estão nos alienando.

É assim que a comunicação funciona para aproximar as almas. Ela derruba a parede de medo que cria ódio entre as pessoas. A comunicação, então, é parte integrante de uma boa vida.

Aprendendo a arte da comunicação

Isto posto, tentar nos explicar não é suficiente. A maneira como nós nos revelamos é o que torna a comunicação uma arte. Se comunicarmos nossa explicação de uma forma que acuse e culpe, apenas construiremos uma parede maior. Mas se, em vez disso, concentrarmo-nos em simplesmente dizer ao outro o que sentimos e o que precisamos, compartilhando nossas opiniões e impressões com um espírito aberto e questionador—sem insistir que nossas percepções são verdadeiras—então seremos capazes de encontrar a verdadeira compreensão. Podemos nos comunicar de uma forma que estabeleça a verdade ao mesmo tempo em que somos claros e permanecemos na luz. Ao praticar a comunicação, aprendemos a habilidade de nos comunicarmos bem e, dessa forma, promovemos a unidade e o amor.

Se não tivermos nenhuma ponte nos conectando aos outros, como podemos parar de nos sentirmos solitários? Se não superarmos a concepção equívocada de que os outros são nossos inimigos, como podemos perder o medo das pessoas? A única maneira de conseguir o que queremos é nos darmos ao trabalho de nos explorarmos adequadamente para sabermos o que realmente sentimos.

Muitas vezes acreditamos que sentimos de uma maneira, mas não é isso que está realmente acontecendo. Precisamos tentar nos explicar, e isso vai parecer que estamos correndo um risco. Além disso, raramente podemos fazer isso em um único movimento. Devemos entrar em um diálogo contínuo, usando toda a boa vontade que pudermos reunir para abandonar a culpa e livrar-nos de nosso orgulho. Isso, em um nível emocional, é o que a comunicação eficaz envolve.

É assim que podemos trabalhar juntos para estabelecer a grande unidade entre todas as pessoas. É assim que nos libertaremos do ódio e do medo, que nada mais são do que guerra em todos os níveis. Em outras palavras, será por meio da comunicação que ajudaremos a trazer o Reino dos Céus para a Terra.

Além disso, existe um nível mais profundo de comunicação que temos ignorado. Neste momento está obscuro, mas assim que voltarmos nossa atenção para ele, ele se mostrará claramente para nós. Pois toda interação humana nos ajudará a alcançarmos nosso objetivo final: amor, compreensão, verdade, irmandade, unidade. No final, até mesmo nossas interações mais negativas e desafiadoras servem a esse propósito.

Sempre que duas entidades—podem ser indivíduos ou grupos coletivos—se emaranham em uma interação negativa, estão cumprindo um propósito mais profundo. Isso acontece mesmo quando o resultado é desagradável. Pois o Eu Superior de cada pessoa está sempre envolvido e trabalhando muito. Não é muito correto dizer que o Eu Superior criou a interação negativa, mas é capaz de usar o que já existe—que é a negatividade—com o propósito de dissolver a negatividade.

A única maneira do material negativo ser dissolvido e transformado é, primeiro, permitindo que ele se manifeste totalmente. Portanto, mesmo que ambas as partes estejam completamente no escuro sobre como estão contribuindo para o conflito, e mesmo que estejam presas à presunção e unilateralidade, elas estão servindo a um propósito mais elevado. Expor a falsidade, que atualmente está escondida da sua visão, será significativo, pois toda a verdade dessa difícil interação será reconhecida.

Então, quando há um conflito, há uma interação do Eu Superior acontecendo simultaneamente sob a interação do Eu Inferior. É importante nós assimilarmos e contemplarmos esse fato.

Se imaginarmos duas pessoas ou grupos de pessoas lutando, uma guerra está ocorrendo na superfície. Os dois se acusam e se odeiam. Eles só desejam ver o pior um do outro e querem prejudicar um ao outro. Mas, ao mesmo tempo—em outro nível mais profundo—essas duas entidades concordam. Em seu eu mais profundo, eles estão cientes de que tudo o que acontece na superfície está servindo a um bem comum. E nosso bem comum é sempre servir à verdade, ao amor e à unidade.

Neste caminho espiritual, quando duas pessoas estão em conflito e são capazes de trabalhar profundamente para alcançar a verdade, muitas vezes há uma reconciliação maravilhosa na qual os dois estão unidos no amor. Essas são as mesmas duas pessoas que estavam se odiando e culpando uma a outra. Podemos testemunhar a maneira sequencial—no tempo—em que a conciliação acontece neste plano de existência. Primeiro o ódio, depois a busca pela verdade, depois a unidade e o amor. Nos níveis mais profundos do nosso ser, essas sequências não existem. Em nossa consciência profunda, verdade, unidade e amor existem simultaneamente.

Ao seguir adiante, precisamos levar isso em consideração. Fazer isso nos ajudará a perceber que em todas as situações—independentemente de quão negativa pareça e quão desesperadamente confusos nos tornamos—o conflito também contém, simultaneamente, verdade interior, unidade interior e amor interior. Compreendendo isso, seremos capazes de passar por interações difíceis com maior facilidade no nível do tempo sequencial. Então ódio/busca/verdade/unidade/amor seguirão um ao outro em rápida sucessão. Ou pelo menos mais rápido.

Este influxo da consciência Crística está trazendo mais leis e valores espirituais ao planeta Terra. Muitas leis e valores espirituais são conhecidos por muitas religiões. Mas muitos não os compreendem verdadeiramente e os experimentam em profundidade. Poucos ainda os vivem em seus níveis mais íntimos. A humanidade continua a aceitar essas leis e, ao distorcê-las e confundi-las, faz com que as pessoas as rejeitem. Pois quando estão em distorção, não fazem sentido. Portanto, as pessoas ou os desconsideram totalmente ou os obedecem hipocritamente em um nível superficial que não atinge seu âmago.

Quanto mais nós, humanos, evoluimos, maior pode ser o influxo da luz de Cristo. Com esta luz, seremos capazes de tecer verdadeiros valores espirituais no tecido de nossa consciência humana coletiva.

Começamos este ensinamento falando sobre a lei da irmandade. Sem irmandade, não podemos ter amor. E sem amor, não podemos ter irmandade. Enquanto o amor é união, o ódio é isolamento, discórdia e divisão. O amor, por outro lado, significa compreensão mútua.

Mas para que o entendimento aumente, precisamos ter boa vontade e precisamos nos esforçarmos. O amor então não acontece por mágica. Não é um milagre, nem é união. Não podemos ter união com Deus enquanto não formos capazes de ter união com nossas irmãs e irmãos—mesmo aqueles que agora consideramos nossos inimigos.

É possível que, no nível superficial, não nos tornaremos amigos deles. Porque para que isso aconteça, ambos os lados têm que realmente desejar estar em união e verdade. Mas ainda é possível nos tornarmos conscientemente conectados com o Eu Superior deles no nível interno.

Não se esqueça, o amor—que é a união com Deus e com os outros—é o que resulta da comunicação. E a comunicação só pode resultar de um esforço sério. Nosso trabalho é nos comprometermos em focar nossa energia e nossa atenção em nos fazermos compreendidos da melhor maneira possível e também compreender os outros.

Para que tudo isso aconteça, precisaremos esvaziar nossa mente de todas as ideias preconcebidas em que nosso Eu Inferior investiu. Teremos que abandonar nossa desconfiança e sentimentos de ódio. Precisaremos abrir nossos ouvidos internos e aprender a ouvir. Precisaremos ajudar os outros a ver nossa boa vontade e nosso desejo de ser verdadeiros. Precisaremos amadurecer, percebendo que as outras pessoas não sabem o que estamos pensando, sentindo, desejando e querendo dizer.

Precisamos nos explicarmos da maneira mais profunda e sincera que pudermos. Se andarmos no mundo assim, seremos capazes de resolver todos os problemas entre nós e os outros. A partir disto, chegará uma autoestima profunda e uma grande força.

Mas, primeiro, devemos estar dispostos a sacrificar nossa teimosia. Devemos abrir mão do nosso orgulho e prazer em criar caso contra alguém. Devemos deixar de lado o medo de descobrir que somos maus e estamos errados. Devemos estar dispostos a deixar tudo isso de lado. É assim que contribuiremos para um fluxo cada vez maior de informações sem precedentes na história da humanidade. Esta é a maneira de anunciar um aspecto essencial da consciência de Cristo—usando nosso próprio self e convidando nossos irmãos e irmãs para se juntarem a nós. Quando fazemos isso, estamos realmente trabalhando como servos do plano de Deus.

Devemos resistir à tentação de nos mantermos presos no isolamento e no ressentimento. Devemos também resistir à tentação de culpar e acusar. Devemos nos tornarmos neutros—pelo menos por um tempo—até que tenhamos a chance de esclarecer as coisas e descobrir a verdade. Não tema a verdade. Ela realmente contém a chave para nos libertarmos.

A verdade nos livrará de nossas autoacusações secretas e, ao fazer isso, libertará os outros de nossas acusações. Podemos muito bem descobrir imperfeições neles e em nós, mas quando começarmos a ver nossas falhas sob uma nova luz, essa nova conotação nos libertará da necessidade de magoar e envergonhar qualquer pessoa—inclusive nós mesmos.

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

A destrutividade avançou tanto que não pode mais ser moldada, alterada ou transformada. Ele precisa ser destruído antes que possamos construir uma estrutura nova e melhor.
A destrutividade avançou tanto que não pode mais ser moldada, alterada ou transformada. Ele precisa ser destruído antes que possamos construir uma estrutura nova e melhor.

A consciência de grupo

Este novo influxo da consciência de Cristo está varrendo nosso planeta com uma força fantástica, mas nem sempre vemos como ele está se manifestando. Ele começa, primeiro, alcançando a consciência interna da humanidade. Onde quer que haja a menor abertura, a luz entra. Então a consciência começa a mudar, nem que seja um pouco e vagarosamente. Talvez tenhamos uma nova maneira de pensar sobre a vida. Talvez queiramos começar a compreender a nós mesmos e a nossa vida de uma forma mais profunda.

Mesmo as pessoas que não estão tão prontas e nem tão desenvolvidas podem dar uma mão ao Grande Plano, embora talvez involuntariamente. Elas se tornam instrumentos, mesmo que seu instrumento esteja apenas sintonizado com a negatividade. Por meio de suas ações, elas afetam aqueles ao seu redor, e isso então influencia para criar novas condições. É o Eu Superior delas, como já foi dito, trabalhando em conjunto com o Plano, permitindo que a vontade negativa externa contribua com algo positivo para o quadro geral.

Esse novo influxo começou com o início da Nova Era. Na nova era em que estamos entrando agora, essa energia afetará os eventos externos, muitas vezes da maneira mais obscura. Veremos que algo que parece totalmente indesejável - uma ocorrência negativa - é, na realidade, um evento necessário. É o que nos moverá a estabelecer novos valores e restabelecer a vida de uma forma que seja baseada nas premissas espirituais da verdade e do amor. Outra maneira de dizer isso é que a destrutividade avançou tanto que não pode mais ser moldada, alterada ou transformada. Ele precisa ser destruído antes que possamos construir uma estrutura nova e melhor.

É assim com muitos eventos destrutivos desse tipo na Terra. Precisamos esclarecer a diferença entre eventos que são totalmente desnecessários, uma vez que se opõem à vida—eles são expressões do mal—e aqueles que estão na categoria que acabamos de descrever. A distinção nem sempre é clara. Mas, à medida que treinamos nossa visão interior e vemos como a criação realmente trabalha, veremos tudo com mais clareza.

Se olharmos ao redor, poderemos ver que esses valores estão surgindo por toda parte, abrindo laboriosamente o caminho através dos nossos emaranhados de valores antigos e obsoletos. Essas são nossas atitudes destrutivas que aplicamos à vida. Os novos valores estão apenas brotando, portanto são plantas novas e delicadas. Podemos nutri-los com nossa coragem, com nosso comprometimento a uma causa maior, com nossa tão necessária auto-honestidade, tudo o que promove nosso desenvolvimento e, portanto, expande nossa consciência. Quanto mais cuidarmos do que está tentando crescer, mais fortes essas novas plantas se tornarão em nosso planeta.

Esse processo - que se baseia em uma estrutura celular - começa com uma única célula. Esta é a consciência individual que precisa mudar. Mas essa mudança não pode acontecer no vácuo do isolamento. Sempre funciona em conjunto com outras pessoas. Pois a consciência individual se aninha na consciência maior, o todo coletivo.

A maneira de medirmos nosso desenvolvimento e valores individuais é observar nossas interações com os outros. Por meio da comunicação, nossas interações podem ser melhoradas e curadas até que não haja mais separação. Quanto mais cada célula da consciência se purifica, tornando-se mais e mais alinhada com a vontade divina, mais afetamos toda a entidade terrena. As células se fundem e formam uma estrutura, embora cada uma continue sua vida individual.

Muitos de nós sentimos muita ambivalência em relação a essa fusão. Por um lado, tememos abandonar o que chamamos de nossa individualidade. Acreditamos que nossa singularidade—nossa manifestação particular do divino—depende de nossa separação. Assumimos—falsamente—que, se nos tornarmos um com o todo, abriremos mão do que nos torna únicos. Na realidade, funciona ao contrário.

Portanto, todos nós estamos lutando contra o destino inerente de todos os seres criados—o impulso em direção à unidade. Lutamos e resistimos, para nosso próprio desgosto. Pois nosso desejo de experimentar a unidade nunca será aliviado até que alcancemos a unidade. Esse desejo em nossa alma é desesperador, e a dor de não satisfazer nosso desejo é insuportável. Mas não saber desse desejo e não sentir essa dor é ainda pior. Nossa confusão, apatia e falta de vida se tornam uma dor secundária. Jamais poderemos entender esse estado, porque é o resultado de reações em cadeia longas e tortuosas que se originaram exatamente da dor de negar a unidade.

A Era de Aquário em que entramos, também chamada de Nova Era, trouxe a formação de grupos e, portanto, o surgimento da consciência de grupo. Esta é a primeira vez que um processo assim existe. Claro que poderíamos dizer que a humanidade como um todo é um grupo em grande escala, e nossas sociedades não poderiam existir sem pelo menos algum grau de consciência de grupo. Mas, até agora, as pessoas têm se preocupado principalmente com seus próprios interesses, mesmo que essa preocupação consigo mesmo afete negativamente o resto do mundo.

Não é que essa atitude tenha desaparecido. Longe disso. Porém agora há uma consciência nova e crescente de que, se não buscarmos nada além do nosso próprio interesse—até a queda dos outros—estaremos ultrapassando o ponto de violar os valores, as moralidades e as leis espirituais. Estamos começando a ver que somos nós que devemos sofrer. Ao adotar uma atitude egoísta, sofreremos tanto, senão mais, do que aqueles que desprezamos com nosso egoísmo limitado.

Nossa família humana não pode existir sem um espírito de grupo. Mas a maioria das sociedades do mundo ainda não deu a ênfase adequada aos valores espirituais. Dessa forma, as pessoas não estão cientes desse novo influxo e avançam com os velhos valores e padrões. Mas são baseados em objetivos de visão limitada e no desejo por resultados imediatos.

Não é por acaso que nas últimas décadas novos grupos de todos os tipos surgiram, e muitos deles estão mal orientados. Eles estão sendo influenciados por espíritos malignos e suas forças destrutivas. Não pode ser de outra maneira neste plano de existência. Onde quer que haja um influxo divino, as forças demoníacas enviam sua egrégora para influenciar e corromper aqueles que ainda não foram purificados. Eles fazem isso tentando-os. Seu objetivo é destruí-los.

Ao mesmo tempo, novas comunidades que representam novos valores devem se espalhar, e isso não muda aquele fato. Essas novas comunidades se tornarão modelos para novos modos de vida. A questão é que devemos estar despertos e não devemos negligenciar nosso trabalho de autopurificação. Esta é a nossa chave para a segurança. Se continuarmos fazendo nosso trabalho meticulosamente—trabalhando com espírito de satisfação em serviço à vontade de Deus—então as forças do mal não serão capazes de nos confundir. Encontraremos respostas e permaneceremos limpos, mesmo se nosso Eu Inferior aparecer de vez em quando.

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

Se não o fizermos de boa vontade, será feito por nós, pois assuntos secretos serão expostos por meio de forças externas.
Se não o fizermos de boa vontade, será feito por nós, pois assuntos secretos serão expostos por meio de forças externas.

Exposição

Há outro elemento importante chegando com esse novo influxo: a exposição. Mais uma vez podemos ver esse aspecto se manifestando tanto nos indivíduos quanto no coletivo. É tão óbvio que seria difícil passar despercebido. Através dos desenvolvimentos na psicologia e, mais recentemente, por meio das pessoas realizarem um trabalho espiritual profundo, a exposição do <em>self</em> atingiu profundidades nunca antes vistas. As exceções são o pequeno número de iniciados que formaram pequenos grupos de seguidores em diferentes culturas.

Agora estamos prontos para expor níveis mais profundos de nós mesmos, muito mais do que já havíamos exposto antes. Mesmo aqueles com o mínimo de autoconhecimento alcançaram um certo grau de consciência, de modo que esses níveis mais profundos agora podem ajudar a determinar suas vidas. Neste momento, muitos de nós podem considerar isso comum, mas nem sempre foi assim.

É através da combinação da comunicação e exposição que agora temos uma maior capacidade de explorar a nós mesmos. Nossa vontade de explorar é o que abre as portas para a comunicação e nossa capacidade de comunicar leva à unidade—para nos alinharmos com a grande força do espírito de Cristo que está varrendo nosso mundo.

É claro que nossa recusa em expor nosso eu interior leva ao isolamento. E assim a resistência à exposição persiste. O que significa quando recusamos a exposição? É sempre um sinal de que queremos sustentar uma estrutura apodrecida—uma estrutura que precisa ser demolida e substituída. Em nossa má vontade reside um desejo claro de continuar vivendo uma mentira. Qual é a saída? Dedicar-nos à verdade. É isso que nos trará a coragem de que precisamos para nos expormos e mudarmos.

Se não a fizermos de boa vontade, será feito por nós, pois os segredos serão expostos por meio de forças externas. Ocorrerá uma crise que os trará à superfície. Uma vez que o novo influxo é colocado em movimento, sua força não pode ser interrompida. Quanto mais oposição encontrar, mais dolorosa será a crise.

Agora podemos observar isso claramente na vida pública. Recentemente, temos visto destrutividades que estavam escondidas sendo expostas e, então, comunicadas ao público. Mais uma vez, é óbvio que algo novo está acontecendo. Nunca vimos isso acontecer antes neste mesmo grau ou da mesma maneira. E está continuando. Podemos ver que algo novo foi colocado em movimento. Por meio de uma combinação de comunicação e exposição, o mundo inteiro agora sabe de crimes políticos que teriam sido mantidos em segredo no passado.

À medida que a consciência de grupo evolui, há uma grande interação se desdobrando que permite toda a humanidade se juntar ao drama do desenvolvimento. É importante começarmos a ver os eventos mundiais por meio dessas lentes. Este é exatamente o processo que seguimos quando fazemos nosso trabalho pessoal de autodesenvolvimento: expomos nosso Eu Inferior, compartilhamos o que descobrimos e então comunicamos isso aos outros. Existe alguma maneira melhor de estabelecer conexões íntimas que criam confiança e geram amor?

Constantemente, temos olhado os paralelos entre o desenvolvimento de nós mesmos como indivíduos e o desenvolvimento do planeta. Tudo o que aprendemos a aplicar a nós mesmos também se aplica, de alguma forma, no nível do coletivo. Uma exposição como esta nunca existiu aqui antes. Conforme as máscaras começam a cair, os aspectos do Eu Inferior começam a aparecer e com menos habilidade de serem ocultados como no passado. Portanto, agora podemos ver eventos e intenções como realmente são, sem toda a camuflagem de mentiras que causa tanto sofrimento e confusão.

Portanto, podemos ver então que a exposição—um resultado direto da consciência de Cristo varrendo nosso planeta—é uma parte importante do novo influxo. Se esperamos nos desenvolver espiritualmente sem nos expormos, nossas ações incompletas acabarão nos levando a um impasse. Ao mesmo tempo, se a exposição não for impregnada de amor, nosso trabalho será autodestrutivo. Aqueles que merecem o nosso respeito é quem tem coragem de realizar a exposição de boa vontade. Não devemos permitir que aqueles que recusam realizá-la de boa vontade destruírem seu ambiente e influenciar situações utilizando-se da omissão.

É nossa convicção interior de servir a uma causa maior que nos dá a força e a coragem de que precisamos para trazer o que precisa ser exposto à luz e realizá-lo de maneira apropriada. Em outras palavras, precisamos trabalhar de maneira amorosa. À medida que nos expormos mais e mais a nós mesmos—e, posteriormente, também aos outros—mais descobriremos nosso verdadeiro valor inerente. E saberemos que é o nosso Eu Superior—a parte de nós que já está desenvolvida—que torna a exposição possível.

É o mesmo com a entidade do planeta. É o Eu Superior da Terra que está orquestrando toda a exposição que agora vemos na frente política. Não devemos pensar na Nova Era como uma força vaga e genérica. Ela é, em si, uma consciência. Conforme a necessidade surge, aspectos específicos se manifestam em várias partes do mundo.

Como acontece com todos os tipos de consciência, a consciência desta nova era é composta de muitos aspectos que criam um todo harmonioso. Acabamos de examinar seus três aspectos: comunicação, consciência de grupo e exposição. Além disso, examinamos os paralelos intrínsecos entre a maneira como esses aspectos particulares se manifestam nos níveis do coletivo e do individual.

Aqueles de nós que têm trabalhado com os ensinamentos deste caminho espiritual—ou outro semelhante—são bem versados no nível individual. Este tem sido nosso foco o tempo todo. Embora ainda possamos ter alguma resistência para ser trabalhada e alguns obstáculos para superar, em princípio estamos de acordo com a forma como esse processo funciona. Entendemos seu valor e vemos por que é necessário. Quando formos capazes de observar o mesmo processo ocorrendo no nível coletivo, nosso trabalho individual se aprofundará.

“Olhem para este belo mundo com os olhos que veem o todo, que compreendem a obra do Senhor por trás de tudo o que existe. Que seus corações sejam preenchidos com o frescor do poder curativo da vida que flui da Fonte que abrange tudo o que já foi criado e será criado. Esta Fonte reside exatamente em seu próprio núcleo central, mesmo quando você é incapaz de se conectar com ela ou de sentir sua realidade por causa das suas confusões e do seu sofrimento momentâneo. Ela está sempre presente.

Todos vocês estão envoltos pela grande força que flui com vigor renovado por todo o seu universo. Sejam abençoados, meus amados. Sigam com seu compromisso até o fim, nunca desistam de sua devoção em servir a Deus.”

– Guia Pathwork

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

Próximo Capítulo
Voltar para Depois do Ego Conteúdo

Leia a Aula Original Pathwork # 257: Aspectos do Novo Influxo Divino: Comunicação, Consciência de Grupo, Exposição