Jill Loree

Compartilhar

6 maneiras pelas quais nos enganamos

É comum dizer, especialmente nos círculos espirituais, que este mundo em que vivemos é "uma ilusão" e que precisamos "acordar". Mas o que isso realmente significa? E se for verdade, então como acordamos dessa ilusão?

Tipo, podemos simplesmente ir para outro lugar e abandonar a ilusão? Funciona morar no campo, no topo de uma montanha ou no meio da floresta?

Na verdade não.

Por que não? Porque, eventualmente, encontraremos as mesmas dificuldades de antes. Pois a fonte da ilusão está dentro de nós. O que significa que, se não gostamos do mundo em que vivemos, teremos que olhar para dentro.

Na verdade, existem várias maneiras de considerar essa ilusão. E nossa compreensão varia, dependendo da profundidade da nossa análise. Então, vamos lá.

#1: Ilusão na superfície

No nível mais superficial, a ilusão é o mundo material em que vivemos. Este é o nível dos nossos cinco sentidos, e é uma ilusão bastante convincente. A realidade, desse ponto de vista, parece estática e imóvel, pois segue certas leis físicas. Parece que nascemos em um mundo onde tudo é fixo.

Mas isso não é bem verdade.

Pois, como ensina o Guia do Pathwork, a realidade última é flexível e móvel. Na verdade, tudo está sempre em constante movimento e, portanto, em constante mudança.

Se pudéssemos ver o que acontece no nível atômico, veríamos que objetos sólidos estão em fluxo. Porque, como tudo, objetos materiais como cadeiras e pisos são compostos de energia e consciência condensadas. Portanto, em sua essência, estão em constante movimento. Até mesmo o chamado "espaço vazio" está repleto de movimento, com a energia entrando e saindo da existência, quando visto na escala quântica.

Sim, tudo isso cria uma ilusão poderosa e muito convincente. E, no entanto, este mundo aparentemente imóvel é muito parecido com você e eu. Pois nós também somos feitos de energia e consciência. É por isso, de fato, que estamos aqui.

Somos páreo para este mundo.

Isso também significa que se mudarmos nossa consciência e nossa energia, podemos mudar essa ilusão em que vivemos. Na verdade, podemos dissolvê-la.

Podemos mudar nossa vida

Quando começamos a questionar se esta realidade precisa ser como é, começamos a expandir nosso poder criativo para mudar a realidade. Se, por exemplo, desenvolvermos a capacidade de imaginar que não há limites para o que podemos vivenciar — que podemos nos expressar com alegria aqui neste mundo material — então é isso que nossas vidas se tornarão.

Pois nossos pensamentos realmente criam nossa vida. Nossa própria consciência é realmente tão explosivamente poderosa. Temos dentro de nós a capacidade de construir algo melhor.

Parece bom demais para ser verdade? Isso porque, atualmente, não temos consciência do que existe hoje, rolando dentro de nós: crenças destrutivas inconscientes.

Não estamos em sintonia com as partes imaturas dentro de nós. Essas partes cindidas da nossa psique exigem cegamente ser onipotentes e evitar magicamente qualquer dor. Essas partes inconscientes de nós estão separadas e com medo. Portanto, o objetivo delas — em seu esforço para se manterem seguras — é nos isolar.

Para desligar a vida…tpara parar tudo.

É isso que nos leva a essa ilusão de que o mundo é fixo e imóvel. O que não vemos são todas as coisas que fazemos para fazer o mundo parecer estático e imutável. Simplesmente não percebemos o quão poderosos são nossos aspectos inconscientes.

Em outras palavras, estamos cegos para a forma como estamos criando atualmente o que vemos.

A saída dessa ilusão é descobrir a conexão íntima entre nossas crenças negativas pessoais e nossa realidade negativa. Então, essa ilusão pode começar a mudar e se dissolver.

Então, quando você descobrir que não quer descobrir o que existe em você, continue e descubra por que não. Que falsas crenças o impedem de fazer isso? Ao responder a essa pergunta, você abre outro pequeno portal que eventualmente lhe permitirá mudar de ideia, de modo que você desejará descobrir (a) o que você acha que existe e (b) o que realmente existe.

Naquele momento, você já está dois níveis importantes mais perto da orientação interior e da realidade interior, da possibilidade do que poderia ser. Este é o Reino de Deus dentro de você."

– Guia Pathwork Aula #162: Três níveis de realidade para orientação interior

#2: A ilusão da dualidade

Existe uma parte do nosso ser pessoal que conhecemos, mas não conseguimos ver, chamada psique. E quando se trata da nossa psique, a grande ilusão é que o que não conseguimos ver não pode nos ferir.

Mais precisamente, esperamos desesperadamente que o que nos recusamos a ver — o que evitamos, negamos e escondemos — não importe. Na verdade, esperamos poder continuar evitando nossos fantasmas interiores invisíveis para sempre.

E essa, amigos, é a maior ilusão de todas.

A ilusão de que estamos falando aqui provém da dualidade. Dualidade, em resumo, é o que surge da tendência humana de querer "isto" e não "aquilo". "Isto" é essencialmente o que é bom, como o prazer e a alegria. "Aquilo" é tudo o que se enquadra na categoria "Sentimentos que temo que me magoem se os sentir".

A dualidade com a qual estamos familiarizados como humanos advém principalmente do medo que não vivenciamos e, portanto, não dissolvemos. Na verdade, estamos dizendo: "Não devo vivenciar isso". E é isso que cria a dualidade. Nosso medo gera uma corrente de "Sim" e uma corrente de "Não", e essa corrente dividida é toda a base sobre a qual se assenta o doloroso estado de dualidade.

Essa dualidade prospera em nosso estado de evitação. Na evitação, nos fechamos para uma coisa, e isso, por sua vez, cria um movimento de agarrar urgente e tenso que vai na direção oposta, interrompendo o fluxo da vida.

-Depois do ego: Insights do Guia Pathwork sobre como despertar, Capítulo 7: Experiência interna e externa

#3: A ilusão de que a negação funciona

A dualidade, então, advém da noção de que funciona escolher um tipo de sentimento e bloquear o outro. Que é uma boa ideia aceitar apenas certas experiências — e os sentimentos que as acompanham —se nós gostamos deles. A partir daqui, rejeitamos todos os sentimentos desagradáveis, acreditando que podemos simplesmente ignorá-los e eles desaparecerão.

Esta é uma ilusão.

Pois sempre que nos afastamos de sentimentos dolorosos, na prática os escondemos. É isso que cria a parte inconsciente da nossa psique. Mas não estar conscientemente ciente do que estamos sentindo não significa que não abrigamos mais esses sentimentos desagradáveis. Significa apenas que não temos plena consciência deles.

Como tal, eles ainda têm o poder de criar. Mas perdemos o poder de vê-los claramente. É isso que cria a ilusão generalizada e dolorosa de que nossas criações desagradáveis ​​na vida não têm nada a ver conosco. Que o mundo está contra nós e somos apenas vítimas inocentes.

Agora, em vez de vivenciar diretamente esses sentimentos dolorosos, nós os vivenciamos de forma lateral. Por exemplo, digamos que temos um certo medo e o afastamos. Em seguida, desenvolveremos medo desse medo. E esse "medo do medo" é, na verdade, pior do que o medo original.

Então, um nó interno se forma, e isso gera ansiedade. Mas agora não conseguimos identificar o que realmente nos incomoda. Isso então se transforma em terror. E não temos ideia do que se trata.

Nosso medo dos sentimentos não apenas bloqueia o que quer fluir através de nós, como também nos divide em um estado fragmentado. A única maneira de alcançar um estado de consciência mais elevado e unificado é vivenciar o que tememos. A unidade jamais pode acontecer evitando o medo.

-Depois do ego, Capítulo 7: Experiência interna e externa

#4: A ilusão de que estamos separados

O resultado de toda essa evitação e negação é uma sensação de separação, em muitos níveis. A separação é um aspecto do nível material, é claro, onde nos vemos como separados dos outros. Porque em nossos corpos, em certo sentido, nós e guarante que os mesmos estão indivíduos separados. Este nível de realidade física, porém, não é o causa de se sentir separado. É o resultado de toda a nossa ilusão interior.

Nos níveis mais profundos da nossa psique, perdemos o contato com a essência de quem somos. Isso se chama autoalienação. Pois toda essa negação de sentimentos nos torna insensíveis por dentro. Esse entorpecimento — juntamente com todas as nossas fraturas, falhas e conclusões erradas—nos aliena do nosso próprio Eu Superior, que é onde estamos em conexão com a consciência divina universal.

Mas essa autoalienação não significa separação propriamente dita. Em vez disso, significa falta de consciência. Na verdade, não estamos separados — de forma alguma — do nosso eu interior, ou de Deus.

As partes consciente e inconsciente da psique não são mentes diferentes. Elas são uma e a mesma. Alguns aspectos foram simplesmente afastados da consciência e esquecidos. Agora, a única coisa que nos separa do nosso Verdadeiro Eu, e portanto de Deus, é a crença ilusória de que somos separados.

Não enxergar que as criações negativas são produto seu faz com que você inevitavelmente se rebele contra elas. Assim, você se encontra na peculiar posição de brigar consigo mesmo. O que uma mão produz, a outra nega e luta, sem perceber o que está acontecendo. Assim, você briga com o destino, com a vida, com todo o bem que poderia funcionar para você se estivesse disposto a tirar as vendas dos olhos.

Normalmente, nesse estado de rebelião, você culpa alguém ou alguma coisa. Quando faz isso, você não está conectado com as causas e os processos internos — e essa é a raiz de todo sofrimento.

– Guia Pathwork Aula #159: Manifestações de vida refletem ilusão dualística

Podemos mudar nossas crenças

Mas chegar a essa crença ilusória é difícil. Porque a nossa vida é, na verdade, um reflexo direto do que está dentro de nós. E reflete separação porque escondemos muito de nós mesmos, de nós mesmos. Em outras palavras, estamos aqui, vivendo nesta dimensão da dualidade, porque ela combina com a nossa constituição interior.

É simples assim.

Poderíamos dizer que nossa vida é um instrumento que capta as ondas que vêm de dentro. Como um rádio que só consegue tocar o que recebe, nossas experiências externas só podem refletir nosso eu interior. Em outras palavras, todas as desarmonias e conflitos que surgem "lá fora" na vida são sempre um reflexo do que realmente está acontecendo. Dentro de nós.

Começaremos a ver que isso é verdade quando começarmos a nos encarar, a olhar para dentro de nós mesmos, para cada sinal de problema. Pois, quando começarmos a desvendar nossa fiação interna distorcida — em vez de buscar refúgio na fuga —, começaremos a ver a verdade de como a vida funciona.

“O processo de cura que unificará todo o nosso ser envolve: Comprometer-se a sentir tudo o que somos capazes de sentir; observar os sentimentos que tememos e os eventos que evocam esses sentimentos; estar disposto a pelo menos tentar enfrentar nossos medos e vivenciar nossos sentimentos.”

-Depois do ego, Capítulo 7: Experiência interna e externa

#5: A ilusão de que alguém fez isso conosco

No ensinamento sobre experiências internas e externas, o Guia Pathwork esclarece que nossas experiências dolorosas da infância acontecem porque não enfrentamos nossas desarmonias internas em nossas encarnações anteriores. Se tivéssemos enfrentado, poderíamos ter superado o trauma. experiências de mágoas da infância, sem ficar preso neles.

As evidências mostram que chegamos com velhos obstáculos ocultos enterrados em nossa psique. Como resultado, quaisquer experiências dolorosas que tivemos na infância ficaram presas em nós. Elas foram causadas por — e depois adicionadas — aos obstáculos já presos ali.

Isso significa que, até que façamos o trabalho de cura necessário para eliminar nossa antiga dor interior, continuaremos revivendo vidas dolorosamente trágicas. No final, somos nós que pagamos um preço cada vez mais alto por nos apegarmos à ilusão de que não somos responsáveis ​​por nossas lutas.

Precisamos entender que qualquer coisa indesejada que nos acontece só acontece porque dizemos "Não". "Não, eu não devo ter essa experiência. O que posso fazer para evitá-la?" Muitos de nós começamos a trilhar um caminho espiritual como este justamente porque buscamos uma maneira melhor de evitar sentimentos indesejáveis.

Quando finalmente nos damos conta de que o oposto é verdadeiro — que precisamos nos virar e mergulhar de cabeça neles —, nos viramos e fugimos. Somos incapazes, ou não queremos, aceitar a verdade de que evitar é inútil. Em vez disso, insistimos em nossa ilusão.

-Depois do ego, Capítulo 7: Experiência interna e externa

#6: A ilusão de que nossas defesas nos mantêm seguros

Um aspecto lamentável de todo esse dilema é a maneira como usamos nossas defesas para nos mantermos seguros. Afinal, se nos sentíssemos seguros, acreditamos, estaríamos bem.

Aqui estão três coisas para pensar. Primeiro, nossas defesas não funcionam. Na verdade, elas nos tornam menos seguros. Para o estratégias que usamos para nos manter seguros na verdade, atraímos mais daquilo que tememos para nós.

Em segundo lugar, nossas defesas nos mantêm voltados para "lá fora" em busca do inimigo. E, o tempo todo, o "inimigo" está dentro de nós. Esse inimigo é o que o Guia do Pathwork chama de nosso Eu Inferior. O Eu Inferior é composto de camadas de escuridão que encobrem nossa luz interior. Mas, de certa forma, isso é apenas mais uma ilusão. Pois nosso Eu Inferior é sempre uma corrente distorcida de energia do Eu Superior.

Isso significa que nosso Eu Inferior sempre pode ser transformado de volta à sua forma original, o Eu Superior. É para isso, aliás, que estamos aqui. Além disso, significa que nosso Eu Inferior está altamente carregado. É por isso, aliás, que é tão difícil abandonar nossos hábitos destrutivos.

Porque se estamos habituados a ter a nossa força vital activada agindo a partir do nosso Eu Inferior - da rebelião, da resistência e da contenção, bem como da nossa falhas—não vamos querer abrir mão disso. Pois, assim, achamos que não teremos nenhuma diversão.

O que ainda não percebemos é que é possível ter acesso a toda a nossa força vital e sentir-se bem com isso.

O que nos leva ao terceiro ponto: viver a partir do nosso Eu Superior é o que nos traz verdadeira satisfação, verdadeira alegria e verdadeira segurança. Pois o nosso Eu Superior é a verdadeira fonte de toda sabedoria, coragem e amor.

É o lugar dentro de nós que já está em conexão com todos e tudo o que existe. Aqui, no nosso íntimo, sabemos que machucar os outros nos machuca. Sabemos que ajudar os outros é como nos ajudamos.

Este farol interior de luz é o que pode nos guiar a cada passo do caminho. Este é o nosso verdadeiro lar e o nosso destino final.

Mas, para alcançá-la, precisamos encarar a realidade do que existe dentro de nós, agora mesmo. Isso torna a autotransformação o trabalho mais valioso que podemos realizar.

É também a única saída para a ilusão.

–Jill Loree e Scott Wisler

Deixe um comentário