Agora é a hora da chegada de uma nova era. A chegada deste evento exigiu que muitas pessoas estivessem prontas para ele—independentemente daqueles que trilham um caminho espiritual consciente estarem cientes desta preparação ou não. Portanto, estamos eliminando nossas impurezas—e ainda estamos fazendo esse trabalho—tornando-nos disponíveis para uma força poderosa que está sendo liberada no universo—no universo interior.

Muitos canais e professores espirituais têm conhecimento deste evento, mas muitos interpretaram incorretamente como esse evento seria. Eles tiveram a ideia de que aconteceria por meio de cataclismos geológicos que afetariam os humanos no nível físico. Mas isso não é verdade. As mudanças, que já estão em progresso há décadas, são mudanças em nossa consciência. E é exatamente nisso que estamos trabalhando aqui.

Sua chegada não tem precedentes, pois não houve nenhum outro momento na história da humanidade em que essa força estivesse tão disponível como agora. Isso é o que estávamos esperando.
Sua chegada não tem precedentes, pois não houve nenhum outro momento na história da humanidade em que essa força estivesse tão disponível como agora. Isso é o que estávamos esperando.

À medida que fazemos nosso trabalho de autodesenvolvimento pessoal para nos purificar, tornamo-nos cada vez mais prontos para a iluminação interior, para a chegada dessa força de despertar com sua natureza autoperpetuadora. Sua chegada não tem precedentes, já que não houve nenhum outro momento na história da humanidade em que essa força estivesse tão disponível como agora.

Se estivermos fazendo nosso próprio trabalho de cura, o que experimentamos será o resultado desse poder pousar em um canal receptivo. Mas se esse poder atingir um canal que não esteja receptivo, surgirá uma crise. Estamos falando de uma tremenda força criativa altamente benéfica e que pode nos ajudar a prosperar de uma forma inteiramente nova. Mas se a bloquearmos, mesmo que apenas parcialmente, colocaremo-nos sob grande estresse—psíquicamente, físicamente, emocionalmente e espiritualmente. Isso é o que devemos tentar evitar.

Vamos agora discutir o quão importante é estar receptivo à energia e à nova consciência que chega com esta força. Esta é a consciência de Cristo e está se espalhando por toda a consciência humana onde quer que possa entrar. Mas para que possamos recebê-la, devemos também compreender outro princípio importante: o vazio criativo.

After the Ego: Insights from the Pathwork® Guide on How to Wake Up

Em qualquer lugar em que nossa mente não tenha sido perfurada, ficamos trancados dentro de seus limites estreitos, que nosso espírito está rapidamente superando.
Em qualquer lugar em que nossa mente não tenha sido perfurada, ficamos trancados dentro de seus limites estreitos, que nosso espírito está rapidamente superando.

Preparando a mente

Os seres humanos são famosos por criar uma mente agitada, o que fazemos por meio da hiperatividade, tanto dentro quanto fora de nós. Fazemos isso porque temos medo de estar vazios—de que talvez não haja nada dentro de nós que nos sustente. Raramente temos consciência desse pensamento, mas quando estamos percorrendo um caminho espiritual como este, chegará o momento em que nos tornaremos conscientes desse pensamento assustador.

Então, nossa primeira reação é algo como: “Eu nem quero reconhecer que isso me assusta. Prefiro continuar ocupando minha mente para não ter que enfrentar o terror de perceber que não sou nada por dentro—que sou apenas uma concha que precisa do sustento de fora de mim.”

Obviamente, tal autoengano é fútil. Portanto, é extremamente importante que enfrentemos esse medo de frente e lidemos com ele de forma aberta. Para fazer isso, devemos criar uma atmosfera interna que nos permita estar vazios. Do contrário, continuaremos nos enganando, o que é um desperdício, pois esse medo não se justifica. Mas nunca seremos capazes de viver em paz conosco mesmos se não soubermos o que tememos, e com nosso evitamento torna totalmente impossível descobrir: Seja o que for que tememos, não precisamos temer.

A humanidade está, há séculos, envolvida em um processo de condicionamento para tornar nossa mente um lugar muito ocupado. Portanto, quando essa agitação para temporariamente, confundimos o silêncio com o vazio. Nossa mente de repente parece vazia. À medida que o ruído diminui, o que precisamos fazer é acolher e abraçar o vazio, pois este é o canal mais importante para receber o nosso eu-Deus interior.

Para que possamos cultivar esse vazio e transformar esse processo em um trabalho criativo, precisamos compreender algumas leis espirituais e psíquicas. Algumas dessas leis vão parecer que se contradizem.

• Se não podemos nos permitir estar vazios, nunca podemos ser preenchidos.

• A partir do vazio, uma nova plenitude surgirá. (No entanto, não podemos simplesmente fingir que nosso medo não existe; como tudo mais, devemos superar nosso medo.)

• Nosso trabalho é questionar nossos medos e, ao mesmo tempo, precisamos acolher o vazio, pois esta é a porta que conduz ao divino. (É compreensível que pareça uma contradição, mas, na verdade, não é. Precisamos adotar as duas atitudes.)

• É muito importante que nos tornemos receptivos e tenhamos expectativa, mas sem impaciência ou pensamentos desejosos e não devemos ter ideias preconcebidas. (É difícil até mesmo explicar isso usando palavras humanas. É apenas algo que devemos tentar sentir. O que queremos é ter uma expectativa positiva, livre de noções preconcebidas sobre o que vai acontecer e como deve acontecer.)

• Devemos ser específicos, mas nossa especificidade precisa ser neutra e leve. (Portanto, o desafio é ser específico de uma certa maneira, mas não de outra. Se isso parece confuso, agora é um bom momento para pedir ao nosso ser interior para transmitir uma compreensão à nossa mente. Isso será mais eficaz do que tentar para envolver o nosso ego em torno disso.)

O problema é o seguinte: o funcionamento da mente maior ultrapassa em muito a imaginação da mente do ego, sendo mais específico apenas nos atrapalharia. No entanto, nossa mente externa deve saber o que quer. Também precisamos estar prontos para o que queremos, para alcançá-lo e reivindicá-lo. Devemos saber que merecemos o que queremos e não faremos mau uso disso. Além disso, nossa mente externa precisará ser capaz de mudar constantemente, para que possa se adaptar ao escopo mais amplo da consciência de Deus interna.

Nosso objetivo é que nossa mente exterior se torne vazia e receptiva, enquanto, ao mesmo tempo, mantemos nossa mente aberta e pronta para qualquer coisa. Nessa condição, nossa mente será capaz de se conectar com a quietude interior—que, a princípio, aparece-nos como um vazio.

À medida que esvaziamos nossa mente e alma - em um espírito de paciência, juntamente com expectativa positiva e perseverança - uma nova plenitude surgirá. Então, essa quietude interior começará a cantar, por assim dizer. Energeticamente falando, essa quietude será quente e leve. Uma força surgirá de dentro que não conhecíamos antes. Veremos todos os problemas em nossas vidas - do menor ao maior - a partir deste ponto de vista sábio que é inspirador e repleto de orientação.

Devemos realmente nutrir esse vazio criativo, ouvindo-o gentilmente com nosso ouvido interior. Isso não é algo a ver com urgência, mas sim com a receptividade de quando e como seremos preenchidos. Esta é a única maneira de avançar na busca de nosso sustento e divindade interiores. Devemos nos tornarmos um receptáculo para receber este tremendo poder universal que está sendo liberado e que aparecerá em nossas vidas ainda mais do que já experimentamos.

Este momento de evolução é um momento significativo na história. Todos nós precisamos compreender o que está acontecendo para que possamos ajudar a perpetuar uma mudança profunda na forma como percebemos e pensamos sobre os novos valores e leis que agora estão se espalhando pelo mundo. Devemos abrir o caminho de fora e de dentro, criando tantos receptáculos para a consciência de Cristo quanto pudermos.

Nossa mente pode ajudar ou atrapalhar esse processo. Como podemos perceber, nossa mente é limitada apenas pela nossa ideia de que é limitada. Em qualquer grau que limitemos nossa mente, não podemos perceber o que está além dela. Na verdade, a mente é infinita. Nosso objetivo, então, é estender o limite de nossa finitude até que possamos atingir o infinito que está além da mente egóica e que está dentro de nós—bem aqui, agora.

Quando fazemos isso, nossa mente se funde com a consciência infinita de nosso universo interior, onde já somos um com tudo o que existe e ainda assim somos infinitamente nosso eu pessoal. Como as coisas estão agora, carregamos nossa mente conosco quase como se fosse um fardo, pois se tornou um circuito fechado.

Damo-nos um pouco de liberdade para ter opiniões particulares, ideias e possibilidades que abrimos espaço com nossa educação e com o que nossa sociedade permite. Nosso circuito mental limitado inclui as coisas que escolhemos aprender e o conhecimento que adquirimos por meio de nossas experiências pessoais e por fazer parte da consciência de grupo.

Na medida em que nos expandimos e crescemos, alargamos o circuito fechado de nossa mente. Mas ainda é um circuito fechado. Portanto, as ideias limitadas que temos sobre nós mesmos ainda nos sobrecarregam e restringem nosso mundo. É necessário então—se queremos nos abrir para o vazio criativo—que comecemos a questionar todas as coisas que pensamos ser impossíveis para nós. Então, encontraremos os limites de nossa mente.

Onde quer que nos sintamos desesperados e tenhamos medo, devemos também ter uma ideia da finitude a que nossa mente se prendeu. Como resultado, estamos bloqueando o grande poder que está aqui para todos os que estão prontos para recebê-lo honestamente.

Mais uma vez, estamos diante de uma aparente contradição. Por um lado, precisamos abrir nossa mente limitada, abrindo-nos para novas possibilidades e novas ideias. Isso é o que estamos aprendendo a fazer na meditação. O que vamos descobrir é que sempre que abrimos espaço para alguma nova possibilidade que desejamos, ela entra em nossa vida. Também descobriremos que, quando ela não acontece, há algum motivo para a estarmos negando.

Devemos começar a perfurar este circuito fechado. Observe, não podemos simplesmente dissolver nossa mente imediatamente, porque precisamos dela para viver. Mas, ao perfurar nossa mente, o fluxo de uma nova consciência e energia pode chegar até ela. Em qualquer lugar que não tenha sido perfurado, ficamos trancados dentro de seus limites estreitos, que nosso espírito está rapidamente superando.

Por outro lado, nossa mente deve se tornar neutra. Deve descansar e não se apegar a opiniões fixas. É isso que nos permitirá ser receptivos à nova grande força que agora está varrendo o universo interior de todas as consciências.

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A coisa certa a se fazer em uma situação pode não ser a certa em outra. Isso se opõe às velhas leis “estáveis” que dizem que o que é fixo e imutável é o que é seguro.
A coisa certa a se fazer em uma situação pode não ser a certa em outra. Isso se opõe às velhas leis “estáveis” que dizem que o que é fixo e imutável é o que é seguro.

Abrindo a mente

Como fazemos para perfurar a mente? Podemos começar dizendo a nós mesmos que estamos apegados a crenças limitadoras. Precisamos parar de tomar essas crenças como certas. Então, precisamos desafiar essas crenças limitadas. Isso significa que devemos nos dar ao trabalho de realmente pensar sobre elas, observando e confrontando-nos. Precisamos praticar isso e sermos bons nisso.

Devemos começar a ver não apenas que temos uma crença falsa, mas que temos uma intenção negativa de nos agarrar a ela. É assim que mantemos o circuito fechado e, desse modo, nos privamos da abundância interior pela qual ansiamos profundamente.

É importante que, ao realizarmos essa tarefa de nos abrirmos para a maior consciência universal, não pensemos nisso como algum tipo de processo mágico que vai nos ajudar a contornar o processo de aprendizado e crescimento. Sim, nosso objetivo final é que esse poder nos preencha e nos sustente. Mas nossa mente exterior precisará passar pelas etapas de aquisição do conhecimento necessário para que isso aconteça.

Podemos ver como esse processo funciona nas áreas de arte e ciência. Uma pessoa não pode ser inspirada como um grande artista—independentemente de quanta genialidade ela tenha—se ela não desenvolver a destreza técnica necessária e aprender o ofício. Portanto, se nosso Eu Inferior infantil espera encontrar um atalho para o universo maior, na esperança de evitar o tédio de aprender as cordas, então esse canal permanecerá fechado para nós. Pois, no final, isso equivale a trapaça, e Deus não será trapaçeado.

Quando trapaceamos, duvidamos seriamente de que exista algo além de nossa mente. Afinal, quando tentamos usar “mágica” para mimar nosso eu preguiçoso e autoindulgente, não recebemos nenhuma inspiração. Nenhuma mesmo. Pois existe uma lei espiritual em ação aqui que opera da mesma maneira na ciência, ou realmente em qualquer campo, como na arte: O esforço é sempre necessário no início.

Como essa lei espiritual funciona quando se trata de inspiração em relação à nossa vida pessoal e às decisões que tomamos? Aqui, novamente, nosso ego não pode deixar de realizar o trabalho necessário para se tornar um canal adequado para a consciência universal, ou consciência de Deus. É isso que fazemos quando realizamos o trabalho deste caminho espiritual.

Devemos nos conhecer verdadeiramente. Isso significa que devemos conhecer nosso Eu Inferior vendo nossas fraquezas e sabendo onde tendemos a ser desonestos. Devemos aprender onde somos corruptíveis. É um trabalho árduo, mas precisa ser feito. Se continuarmos evitando isso, nosso canal nunca será confiável. Em vez disso, seremos preenchidos com um pensamento desejoso que se origina de nossa “natureza de desejo”, e nosso canal pode revelar uma “verdade” que é completamente não confiável porque é baseada no medo e na culpa.

Somente trabalhando em nosso desenvolvimento pessoal da maneira como aprendemos em um caminho espiritual como este, chegaremos ao ponto em que não confundiremos pensamento desejoso e credulidade com fé ou misturaremos dúvida com discriminação. Um grande músico pode se tornar um canal de inspiração superior—o que o faz tocar sem esforço—somente depois de passar horas e horas praticando e fazendo exercícios com os dedos. Pessoas inspiradas por Deus devem fazer as coisas da mesma maneira que trabalham em seu processo de purificação, revelando profunda auto-honestidade e autoconhecimento.

Esta é a única maneira de se tornar um receptáculo compatível com verdades superiores e novos valores. Então estaremos preparados para sermos influenciados para uso em um propósito mais elevado—aquele que enriquece o mundo e a nós mesmos. Mas também, ao mesmo tempo, temos que cultivar um campo interno de neutralidade. Se quisermos nos dedicar a cumprir a vontade de Deus, devemos ter uma atitude que diga: “Tudo o que vem de Deus está bom para mim, quer eu o deseje ou não.”

Ter muito desejo, então, pode nos atrapalhar tanto quanto não ter nenhum desejo, o que geralmente reconhecemos como resignação e desespero.

Se nos recusarmos a suportar frustrações de qualquer tipo, criaremos tensão dentro de nós mesmos e construiremos estruturas internas de defesa que selam o veículo da mente. Como tal, o circuito permanece fechado. É por isso que nós, como receptáculo, temos que permanecer neutros. Mas, desistindo de nosso Sim ou Não obstinado, forte e rígido, abriremos caminho para desenvolver uma confiança flexível e sermos guiados por Deus.

Nosso objetivo é nos tornarmos dispostos, flexíveis, maleáveis, confiantes e sempre prontos para fazer uma mudança que não prevíamos. Pois quando se trata da vida divina que flui de nosso interior, não há nada que seja fixo. Portanto, o que é certo para nós hoje pode não ser certo amanhã.

Nossa mente passou a acreditar que a segurança reside em regras fixas. Mas nada poderia estar mais longe dessa verdade. No entanto, essa própria ideia de um universo flexível nos faz sentir inseguros. Esta é uma daquelas crenças de que falávamos e que precisamos desafiar e mudar. Imagine como seria para sempre encontrar cada nova situação com uma nova inspiração. Nisso reside um novo tipo de segurança que ainda não encontramos.

A coisa certa a se fazer em uma situação pode não ser a certa em outra. Esta é a lei desta nova era que se opõe às velhas leis “estáveis” que dizem que o que é fixo e imutável é o que é seguro.

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É assim que a mente se abre e perfura seus limites, adquirindo novas idéias - não novos conceitos rígidos, mas leves - com as quais pode brincar por algum tempo.
É assim que a mente se abre e perfura seus limites, adquirindo novas idéias - não novos conceitos rígidos, mas leves - com as quais pode brincar por algum tempo.

Seguindo as leis espirituais

Precisaremos estudar essas novas leis que pertencem a este novo feito na vida criativa. Precisamos trabalhar com elas. Estas não são apenas palavras para absorvermos—devemos torná-las nossas. E isso pode não ser fácil, pois as leis espirituais estão cheias de contradições aparentes.

Portanto, precisamos adquirir novos conhecimentos, expandir nossa mente e permitir-nos conceber novas possibilidades verdadeiras. Ao mesmo tempo, devemos esvaziar nossa mente e nos tornarmos neutros. Isso só parece ser uma contradição da perspectiva da mente que está presa na dualidade, ou consciência dualista. Mas do ponto de vista da nova consciência—que é a luz dourada se espalhando por nosso universo interior—essas atitudes não são contradições de forma alguma.

Já que quando algo é verdadeiro, compatível com as leis espirituais superiores da vida, os opostos que são mutuamente exclusivos nos níveis inferiores de consciência são reconciliados. Sempre funciona assim. Coisas que produzem conflitos no nível inferior—o nível da dualidade—irão interagir e ajudar umas às outras no nível superior, que é o nível da unidade.

À medida que avançamos, é importante descobrirmos a verdade sobre a unificação, onde dualidades não existem mais e as contradições simplesmente param de se contradizer. Neste novo mundo, experimentaremos duas coisas, que antes víamos como opostas, como sendo ambas aspectos válidos da mesma verdade. Quando entendermos o que está acontecendo aqui e começarmos a aplicar este princípio às nossas vidas, aos nossos valores e à nossa visão de nossas vidas, então estaremos realmente prontos para receber a nova consciência que está sendo liberada em esferas que estão muito além desta.

Continuando com o tema das contradições aparentes, dizer que não devemos abordar nosso canal divino com uma atitude de querer que nos poupe do esforço de crescer e curar, não nega a necessidade de sermos passivamente receptivos. É mais que devemos mudar nosso equilíbrio. Em lugares onde nossa mente esteve hiperativa, agora precisamos aquietar nossa mente e deixar as coisas acontecerem. Em áreas de nossas vidas em que insistimos em estar sempre no controle, agora devemos soltar as rédeas, abrir mão do controle e deixar que esse novo poder interior assuma a liderança.

Por outro lado, nas áreas de nossas vidas em que temos sido autoindulgentes e preguiçosos—sempre buscando a linha de menor resistência e, como tal, tornando-nos dependentes de outras pessoas—somos agora aqueles que precisam assumir. Nessas áreas, é hora de nutrir ativamente os princípios que nos ajudarão a estabelecer uma conexão direta com nosso Deus interior. Também precisamos expressar ativamente na vida as mensagens que recebemos do nosso eu-Deus. Portanto, precisamos reverter nossa relação com a atividade e a passividade.

Esta é a maneira de transformar nossa mente em um instrumento. É assim que a mente se abre e perfura seus limites, adquirindo novas ideias—não novos conceitos rígidos, mas leves—com as quais pode brincar por algum tempo. Ao vestir uma nova leveza em como percebemos o mundo, tornamos nossa mente flexível. E essa mobilidade mental é o que nos torna tão receptivos quanto podemos ser ao que, a princípio, parecia ser o vazio.

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Trabalhando com o vazio

Então, como vamos abordar esse vazio? Qual é a sensação? De que se trata? Mais uma vez, esbarraremos nas limitações da linguagem humana, pois é quase impossível comprimir uma experiência de vazio em palavras. No entanto, vamos fazer o nosso melhor para falar sobre isso e aprender sobre algumas ferramentas. Tente ouvir também com seus ouvidos interiores.

Observe que, à medida que ouvimos o “abismo” que está dentro de nós, a princípio parecerá um grande abismo negro que está vazio. O que surge é a sensação de medo. Observe como esse medo parece nos preencher. Vamos olhar para esse medo. O que é isso? É tanto o medo de descobrir que estamos realmente vazios, quanto o medo de descobrir que temos uma nova consciência—um novo ser que está evoluindo bem aqui dentro de nós.

Mesmo que ansiamos por isso, também temos medo disso. Temos medo de ambas as possibilidades. Queremos tanto a nova consciência que temos medo da decepção de não consegui-la. Mesmo assim, tememos encontrar essa consciência, porque ela pode nos impor obrigações e mudanças. Precisaremos nos segurar a nós mesmos e percorrer através desses dois medos. Nesse caminho, a ferramenta que aprendemos para lidar com esse medo é questioná-lo. Precisamos questionar nosso Eu Inferior.

Eventualmente, apesar do medo, estaremos prontos, porque conectamos todos os pontos. Agora sabemos, por exemplo, o que nosso Eu Inferior deseja e descobrimos por que temos intenções negativas. Então, apesar de qualquer medo remanescente, devemos tomar a decisão de, silenciosa e calmamente, mergulhar no vazio. Portanto, a razão de esvaziar nossa mente é para que possamos encontrar o vazio lá no interior.

Se não fugirmos, descobriremos que, vejam só, o vazio começará parecer, não cheio como poderíamos pensar, mas vivo. Esta é uma nova vitalidade que nossa velha mente artificialmente cheia tornou impossível. Enquanto estamos neste espaço, também notamos que havíamos nos tornamos artificialmente sem brilho. Nós tornamos nossa mente cheia e rígida. Estávamos com a mente rígida com o barulho, e nosso canal para o divino estava rígido porque, com nossas defesas, tínhamos contraído nossa energia em duros nós.

Tínhamos matado nossa vitalidade por meio de nossa plenitude artificial. E isso, por sua vez, deixou-nos mais necessitados. Porque sem acesso à nossa luz interior, nunca poderíamos nos sentirmos preenchidos, não no sentido real. Criamos um círculo vicioso ao nos esforçarmos para obter satisfação de fora de nós mesmos, uma vez que nos recusamos a dar os passos necessários para permitir que a satisfação venha até nós—de dentro.

Tememos a vitalidade, em certo sentido, mais do que o vazio. E faríamos bem em enfrentar isso. O que geralmente acontece é que nos tornamos vazios o suficiente para sentir o gosto inicial de vitalidade e, então, fechamos a tampa com força novamente. Então, começamos negando nosso medo, porém depois também negamos que estamos realmente muito infelizes por falta de vitalidade em nossa vida. No entanto, o medo é o que causa a falta de vitalidade. E a única maneira de fazer o medo ceder—para abrir nossa vitalidade—é nos permitirmos estar criativamente vazios.

Como é essa vitalidade? É como ter todo o nosso ser interior—tanto a nossa energia quanto o nosso corpo—tornando-se um “tubo interior” que é vibrantemente vivo. A energia vai passar por esse tubo, o sentimento vai passar por ele, assim como outra coisa que é vibrante, que vem à tona, mas que não podemos nomear.

Se não nos permitirmos fugir disso, seja lá o que for essa coisa inominável, mais cedo ou mais tarde ela começará a oferecer continuamente instruções - como encorajamento, orientação e verdade - de dentro. A sabedoria que ele carrega é especificamente orientada para servir à nossa vida, agora, onde quer que mais precisemos. Então, o que é esse vazio vibrante e vivo? É Deus falando conosco.

O dia todo, onde quer que seja necessário, Deus fala conosco. No início será vago, mas com o tempo ficará mais forte. Se realmente quisermos ouvir e entrar em sintonia, discerniremos o que está dizendo. Precisamos praticar usar nosso ouvido interior para sermos capazes de reconhecê-lo. Com o tempo, conseguiremos reconhecer—conhecemos essa voz! Essa voz vibrante que fala em tons de sabedoria e amor—falando especificamente para nós, não de forma generalizada—é uma voz que sempre esteve lá, mas nos tornamos condicionados a não ouvi-la. Para não a escutar.

E neste condicionamento, nós nos apertamos, fechando aquele “tubo interior”. Agora é hora de abri-lo e deixá-lo nos preencher com a música vibrante e viva dos anjos. O que queremos dizer com “música dos anjos?” Não significa literalmente, embora isso também possa ser possível. Mas o que a maioria de nós precisa ouvir mais é a orientação direta para nos ajudar a tomar decisões sobre qual atitude ou opinião devemos considerar em qualquer situação particular.

E instrução como essa está em paridade, em sua glória, com a música dos anjos. Dificilmente se pode descrever a maravilha desse tipo de plenitude. Este é um tesouro que está muito além das palavras. Isso é o que estamos sempre procurando. Ansiamos por isso, entretanto geralmente não temos consciência de que estamos procurando, projetando erroneamente nosso anseio em substitutos que esperamos que possam nos preencher, vindos de fora.

É hora de voltar nossa atenção para o que sempre existiu dentro de nós. Nossa mente e nosso exterior nos confundiram e complicaram nossas vidas por muito tempo. Portanto, fazer esse contato é como encontrar a saída do labirinto—um labirinto que nós mesmos criamos. Agora, temos o que precisamos para reconstruir nossa paisagem interna, desta vez sem o labirinto.

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Tratar nossa mente como se fosse o diabo - e, portanto, tentar expulsá-la de nossa vida - é realmente não entender.
Tratar nossa mente como se fosse o diabo - e, portanto, tentar expulsá-la de nossa vida - é realmente não entender.

Viver em plenitude

Agora surge a pergunta: “Como é uma pessoa nesta nova era?” A nova pessoa será um receptáculo para a consciência divina. Essa inteligência universal é a consciência de Cristo que permeia toda a vida, incluindo cada partícula de cada ser. A nova pessoa não funciona a partir de seus pensamentos habituais.

Século após século, nós, humanos, temos desenvolvido nosso intelecto. Tivemos que cultivar isso para que nossa mente egóica pudesse cumprir seu papel de se tornar um importante trampolim na evolução da humanidade. Mas agora, com nossa ênfase exagerada, ultrapassamos o alvo. Isso não significa que agora é hora de voltar a ser cego, apenas seguir nossa “natureza-desejo” emocional. Em vez disso, significa que é hora de acordar. É hora de nos abrirmos para um reino superior de consciência dentro de nós e deixar essa luz brilhar. Nosso verdadeiro eu está pronto para se revelar.

Houve um tempo na história em que era muito difícil para as pessoas pensarem. Não podíamos resolver situações, avaliar ideias, manter informações, lembrar o que nos ensinaram—em resumo, não sabíamos como usar nosso cérebro. Naquela época, o uso de nossas faculdades mentais era tão difícil para nós como agora parece ser para entrar em contato com nosso Eu Superior.

Nesta nova era, a nova pessoa terá estabelecido um novo equilíbrio interior. E neste novo sistema, não queremos deixar de fora o intelecto. É um instrumento importante que deve continuar a nos servir e agora se tornar unificado com a consciência maior. Por muito tempo, as pessoas acreditaram que as habilidades intelectuais representam a forma mais elevada de desenvolvimento. Muitos ainda acreditam nisso. Essas pessoas não fazem nenhum esforço, então, para se aprofundar em sua natureza interior, onde, se procurassem, encontrariam um tesouro muito maior.

Dito isso, muitos movimentos espirituais desenvolveram essa prática, inativando e descartando completamente a mente. Isso é tão indesejável porque em vez de nos unificar, cria divisões. Embora cada um desses extremos tenha alguma validade, cada um deles se perdeu em meias-verdades.

Vejamos outro exemplo. No passado, as pessoas eram irresponsáveis ​​e indisciplinadas, comportando-se mais como bestas para satisfazer seus desejos imediatos. Eles permitem que seus desejos e emoções os conduzam, não a moral ou a ética. Portanto, durante esse estágio de nosso desenvolvimento, desenvolver nosso intelecto foi útil e cumpriu uma função. Nossa inteligência poderia então servir como uma ferramenta afiada para aprender e fazer escolhas.

Mas quando para aí, a coisa toda se transforma em uma farsa. Pois é isso que acontece quando uma pessoa não é animada por sua divindade - ela se torna uma farsa. Da mesma forma, é uma boa ideia praticar a desativação temporária da mente. E fazer isso também é recomendado como parte desses ensinamentos. Mas tratar nossa mente como se fosse o diabo - e, portanto, tentar expulsá-la de nossa vida - é realmente não entender.

Sempre que somos apanhados em qualquer um dos extremos, não estamos satisfeitos. Pois precisamos ter todas as nossas faculdades funcionando em um bom estado se quisermos expressar nossa divindade. Sem nossa mente, transformamo-nos em uma ameba passiva. Por outro lado, quando a mente é creditada como nossa faculdade superior, transformamo-nos em um robô hiperativo. A mente seria nada mais do que uma máquina computadorizada.

Só podemos estar verdadeiramente vivos quando somos capazes de casar a mente com o espírito, permitindo que a mente expresse o princípio feminino de vez em quando. Até agora, associamos a mente com o princípio masculino, que tem tudo a ver com ação, impulso e controle. Na nova era, a mente deve expressar o princípio feminino de receptividade.

Tornar-se receptivo não significa que agora nos tornamos passivos. De certa forma, seremos mais ativos, pois nos tornaremos mais independentes do que éramos antes. Pois quando nossa mente recebe inspiração da consciência de Deus dentro de nós, devemos colocar isso em ação. Mas nossas ações serão harmoniosas e sem esforço—e não como uma contração.

Quando permitimos que nossa mente seja receptiva, estamos permitindo que nossa mente seja preenchida com o espírito superior que reside dentro de nós. A partir daqui, funcionaremos de forma completamente diferente, pois a vida será para sempre nova e excitante. Nossas rotinas não se tornarão tediosas. Nada ficará obsoleto. Nada será redundante. Pois nossos espíritos estão sempre vivos e sempre mudando e se renovando. Este é o tipo de energia e experiência que pode fluir cada vez mais de nosso centro, onde o novo influxo está se movendo tão fortemente.

A nova pessoa, então, tomará decisões a partir dessa nova consciência, uma vez que ela trabalhe para se tornar verdadeiramente um receptáculo—para ser receptivo ao ser espiritual que está emergindo de dentro. Esses resultados soam como utopia para uma pessoa que ainda não começou a vivenciar isso. Mas, assim que entrarmos neste trem, também começaremos a experimentar uma alegria e expansão jamais sonhadas. Problemas que pensávamos serem insolúveis começarão a se desfazer. E assim vai continuar.

Não há fim para nossa realização. À medida que começarmos a servir a uma causa maior, criaremos um significado em nossas vidas que nos despertará para a produtividade e a criatividade de viver. E isso sempre incluirá alegria, amor e felicidade.

Já passou o tempo em que as pessoas só podem viver para suas pequenas vidas egoístas. Não podemos continuar assim. Qualquer pessoa que insista em viver dessa maneira ficará excluída de um poder, o qual não é confiado a ela. Pois tal poder se tornará destrutivo em uma mente que ainda está voltada para servir apenas ao egoísmo imediato.

Esse tipo de egoísmo sempre vem da falsa crença de que só somos felizes quando somos egoístas e, se formos altruístas, seremos infelizes. Em nosso trabalho, o primeiro equívoco que precisamos enfrentar e desafiar é essa falsa crença.

Se fizermos isso, criaremos uma vida para nós e nosso ambiente de uma maneira que a humanidade nunca conheceu. Pessoas em todo o mundo têm se preparado silenciosamente para isso, enquanto fazem seu trabalho de cura pessoal. A partir da matéria escura e cinzenta do pensamento sem verdade, esses são os núcleos dourados que surgirão.

Cada pessoa tem agora a oportunidade de fortalecer seu canal interno, de se abrir para esta nova realidade. Isso é o que estávamos esperando. Isso nos trará a paz e o entusiasmo que sempre desejamos. É hora de entrar nesta nova fase, de entrar com alegria, com coragem e um Sim no coração. Precisamos sair da atitude que ainda temos, como se tivéssemos sido derrotados. Não estamos derrotados, a menos que esse seja o papel que queremos atuar.

Mas podemos nos elevar e cada um de nós pode se tornar quem realmente é. Então, e somente então, experimentaremos o melhor da vida.

“Que todos vocês sejam abençoados, meus queridos. As bênçãos lhes darão o sustento de que precisam para percorrer o caminho por inteiro com todo o seu ser e se tornar vivo, ativado, e realizado pelo Deus interior. Fiquem em paz.”

– Guia Pathwork

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