Uma vez que nos tornamos totalmente cientes de nossos equívocos e nos permitimos expressar nossos sentimentos negativos - não agindo sobre pessoas inocentes, mas fazendo nosso trabalho pessoal - estaremos prontos para iniciar o processo de recriar nossas vidas.

Primeiro, devemos deixar claro o que queremos e nossa intenção de mudar. Precisamos articular isso com pensamentos claros. Muitas vezes é útil tirar isso de nossa cabeça e colocá-lo no papel. Precisamos desenvolver uma visão clara de como será funcionar de maneira produtiva e saudável, em vez de seguir adiante na estrada dos padrões destrutivos do passado.

Então, nosso ego consciente tem que engrenar e iniciar a mudança. Precisamos fortalecer nossa vontade, formular idéias e imprimir a substância de nossa alma com a verdade. Então, podemos começar a criar círculos benignos e gentis. Nosso ego também é responsável por alcançar ativamente o grande poder interior do âmago do nosso ser. Depois de abrir a porta, ela precisa ficar quieta, receptiva e ouvir. Sua função, então, é sair do caminho para que a sabedoria interior possa se revelar.

Isso pode ser um ato de equilíbrio real e nem sempre é fácil encontrar a quantidade certa de gás versus freios. Precisamos sentir quando nosso trabalho deve ser ativo em descobrir inverdades e encontrar nova sabedoria para imprimir, e quando dar um passo para o lado e ceder a palavra ao nosso Eu Superior, permanecendo calmos e receptivos.

Isso pode parecer surpreendente, mas uma das melhores coisas que podemos fazer é apelar ao eu universal maior para nos ajudar a perceber melhor isso. Podemos pedir ajuda e inspiração para aprender a meditar mais profundamente e de uma forma mais significativa. A ajuda está aí para pedir. Assim que reconhecermos as limitações de nossas mentes egóicas, podemos começar a acessar o cérebro infinitamente mais vasto que acessamos por meio de nosso plexo solar.

Se tivermos a ideia de que queremos criar algo novo em nossas vidas, seria útil entendermos que ninguém realmente cria nada novo. É simplesmente impossível que algo novo venha a existir. Mas não se preocupe, pois é muito possível que possamos manifestar algo que já existe. E é um fato, absolutamente tudo já existe.

Portanto, a questão é: onde está? Bem, está em outro nível de consciência. Cada experiência, situação e conceito, cada sentimento, objeto e estado de ser já existe em um estado de potencialidade. E a notícia ainda melhor é que o potencial já inclui o produto acabado. Compreender esse princípio da criação - ou seja, que tudo já existe e podemos dar vida a essas possibilidades - é necessário para experimentarmos o potencial infinito da vida.

O primeiro lugar para aplicar essas leis da criação é nos pontos problemáticos. Esses são os lugares onde nos sentimos encurralados, limitados ou deficientes. Precisamos esclarecer o que é realmente possível. Pois temos a capacidade de perceber o que podemos conceber. Mas se nossas idéias sobre a saída forem parcialmente formadas ou não realistas, imaginaremos apenas soluções temporárias. Depois de liberar nossas áreas problemáticas, podemos começar a expandir nossas possibilidades de felicidade.

O poder de criação que flui através de nós é construtivo, bom e sábio. Mas, em nosso atual estado de desenvolvimento, também é destrutivo, ruim e estúpido. A última parte é apenas temporária e não é a natureza inerente a esse poder, mas ainda está lá. É importante notar que esse poder penetra todo o nosso ser. Além disso, é moldado por tudo o que pensamos, sentimos, fazemos e desejamos, seja bom ou ruim.

Nosso trabalho é nos esvaziar de todas as distorções que não nos servem, transformando-as de volta à sua forma criativa original. Ao longo do caminho, pode parecer que as leis que nos orientam são contraditórias. Por exemplo, se não podemos nos deixar esvaziar, nunca podemos ser preenchidos. Então, a partir do vazio, uma nova plenitude surgirá, mas não podemos simplesmente fingir que nosso medo não existe.

Aqui está outra: é imperativo que nos tornemos receptivos e esperançosos, mas não devemos nos perder em ilusões, ser impacientes ou ter ideias preconcebidas. Ainda outra: precisamos ser específicos, mas nossa especificidade deve ser leve e neutra. Essas são leis espirituais que devemos tentar compreender e cumprir.

Ao fazermos o trabalho de autoconhecimento, marchamos continuamente em direção à liberdade pessoal. E embora, em última análise, todos sejamos capazes de desfrutar de liberdade total, nossa liberdade começará limitada, pois devemos percorrer os resultados do que criamos. Na verdade, não podemos pular as dificuldades agora, quando nossas ações e atitudes passadas foram baseadas na ilusão e, portanto, são destrutivas.

Mas anime-se, pois possuímos total liberdade para agora escolher as atitudes que nos conduzem ao nosso destino autoproduzido. Quando vemos que todos os nossos obstáculos foram criados por nós mesmos - um resultado direto de nossas distorções internas - temos as informações de que precisamos para evitar a reciclagem das mesmas experiências, e talvez piores. Desta forma, nossos obstáculos tornam-se nossos degraus.

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