Deus não é a causa das nossas lutas, nem aquele que fica confuso sobre a sua origem.

Livre arbítrio

O conceito de livre arbítrio nos leva a compreender que nós, humanos, somos - de alguma forma, forma ou forma - responsáveis ​​por tudo que nos acontece, incluindo nosso sofrimento. Então surge a pergunta: se Deus é onisciente e amoroso, então Deus conhece o futuro. O que significa que quando Deus nos deu o livre arbítrio, ele deve ter conhecido isto aconteceria, ou seja, nos tornaríamos destrutivos e mesquinhos e decididos a levar uma vantagem sobre todos os outros. Em outras palavras, que lutaríamos muito apenas para nos dar bem. Por que Deus não agiu para evitar isso?

Embutido nesta questão está um dos enigmas mais antigos da humanidade. Por um lado, acreditamos – a partir de ensinamentos religiosos – que Deus é um Pai que tudo vê e age à vontade. Ele nos recompensará se obedecermos às suas leis e administrará todas as dificuldades de nossa vida — sem que tenhamos que levantar um dedo — desde que humildemente peçamos ajuda.

Por outro lado, as pessoas são livres para fazer o que quiserem; moldamos nosso próprio destino e somos responsáveis ​​por nossas vidas. A religião apoia essa ideia da boca para fora, ao mesmo tempo que nos incapacita ao nos forçar a seguir certas regras. Se quisermos, você sabe, obter as guloseimas.

Não é de admirar que fiquemos confusos. E esta questão desconcertante sobre Deus e o livre-arbítrio é um exemplo disso.

Fora de nossas mentes

No entanto, a noção de um Deus onipotente e a auto-responsabilidade da humanidade só parecem ser mutuamente exclusivas quando vistas da mente dos humanos, onde o tempo é uma coisa. Pois só podemos conceber um Deus que age da maneira que nós agimos, operando de acordo com uma linha de tempo linear e pensando demais em como manipular o que acontecerá no futuro, para evitar qualquer aborrecimento.

Deus não está no negócio de tirar coisas de nós, ou aumentar.

O futuro, no entanto, é um produto do tempo. E o tempo é um produto da mente. Então, na realidade, o futuro não existe, assim como o passado não existe. Incrível, eu sei. Não, realmente, isso é praticamente impossível para o cérebro humano se envolver.

Além da mente, existe simplesmente o ser. Ou seja, não há passado e não há futuro. Há apenas agora. Talvez possamos ter uma vaga noção disso, mas para isso teremos que sentir, em vez de pensar sobre isso. Pois, de fato, nossas mentes não podem entender o que está além da mente. E sim, há algo mais.

O problema é que temos esse conceito de um Deus que faz coisas. Mas a criação, no sentido mais amplo da palavra, não é uma ação com limite de tempo. Quando Deus criou os seres espirituais, estava fora do tempo, fora da mente e no estado de ser.

Deus, então, não está no negócio de tirar coisas de nós, ou aumentar. E por que faria isso, já que não precisa? Deus nos criou com livre arbítrio para que todos possamos aprender a fazer as melhores escolhas - como agora, hoje - e cuidar bem de nós mesmos. Afinal, somos todos seres semelhantes a Deus e capazes de criar nossas próprias vidas.

A chave para reduzir nosso sofrimento

Agora, aqui está outra coisa a considerar. É uma completa ilusão pensar que a dor e o sofrimento são as piores coisas do mundo. Eles são simplesmente terríveis, todos nós pensamos. E então temos esse medo excessivo de sofrer que francamente não é muito realista. Este é um produto de nossas mentes ocupadas e está errado.

Por que tememos tanto a dor e o sofrimento? Porque acreditamos erroneamente que não tem nada a ver conosco. Achamos que pode vir até nós sem que sejamos responsáveis ​​por isso. Em outras palavras, é tudo uma coincidência aleatória e caótica quando coisas infelizes nos acontecem.

Uma vez que descobrimos, no entanto, que todas as experiências dolorosas que já encontramos foram causadas por nossa própria resistência e nossas evasões da verdade, bem, isso muda tudo. Assim que entendermos isso, não como uma besteira da nova era do tipo “nós criamos nossa própria realidade”, mas quando realmente conectarmos os elos internos, não mais temeremos a vida e suas experiências nada agradáveis.

Por que tememos tanto a dor e o sofrimento? Porque acreditamos erroneamente que não tem nada a ver conosco.

Muito antes de começarmos a usar esta nova chave, perceberemos que, de fato, temos a chave em nosso próprio bolso. Então pararemos de nos apoiar contra a suposta natureza arbitrária da vida contra a qual nos sentimos tão impotentes. Então, e somente então, nosso sofrimento terá um novo significado e se tornará, de todas as coisas, altamente produtivo.

Assim que chegarmos a essa reviravolta, o sofrimento não parecerá tão ruim. Mais precisamente, não é tão assustador quanto nosso medo nos faz acreditar. Pois não é verdade que quando tememos algo antes que aconteça, nosso medo é muito pior do que a experiência acaba sendo, uma vez que passamos por isso?

Aqui está outra coisa que provavelmente também experimentamos: nossas dores assumem uma nova face assim que as olhamos bem e vemos como as criamos. Se pudermos observar tudo isso, sem nos prendermos em nossas demandas de perfeição ou em moralizar e justificar nosso comportamento equivocado, a dor diminuirá magicamente. Poof, assim mesmo, ele recua, embora a situação externa ainda não tenha mudado.

Nossos lindos problemas

Quando aceitamos a nossa realidade atual – a vida que criamos até agora – também podemos aceitar que, sim, as coisas não são perfeitas. E se não enlouquecermos e nos rebelarmos contra a imperfeição, muitos dos nossos padrões dolorosos começarão a se transformar e...voila!- começaremos a nos causar menos sofrimento.

O que nos leva a nos rebelar contra qualquer um desses acontecimentos é nossa expectativa - talvez consciente, mas provavelmente inconsciente - de que a vida deve ser perfeita. Portanto, resistimos e colocamos barreiras, o que obviamente não faz nada além de causar mais imperfeição e sofrimento do que a vida poderia oferecer de outra forma.

Nossos problemas são, na verdade, as coisas mais belas que a vida na Terra tem a oferecer.

No fim das contas, é nossa atitude em relação ao sofrimento — ou em relação à vida e nosso lugar atual nela —, bem como em relação a nós mesmos, que determina se sofremos ou não. Se não tivéssemos uma visão tão distorcida sobre o sofrimento, descobriríamos que os problemas que precisamos enfrentar e resolver são realmente... lindos. São, na verdade, as coisas mais belas que a vida na Terra tem a oferecer.

Como assim? Porque somente quando vencemos nossa cegueira e resistência – quando enfrentamos nossa falta de consciência – podemos experimentar a beleza da vida. Não importa que em um momento ou outro precisemos passar por períodos difíceis enquanto em outros momentos sentiremos alegria e realização. O que importa é chegarmos lá, onde entendermos nossa paisagem interior e vermos como nossa própria estrada pedregosa contribuiu para nossos tropeços.

Quando isso acontecer, as perguntas sobre por que Deus não interveio e removeu todas as nossas dificuldades não surgirão. Pois Deus não é nem a causa de nossas lutas nem aquele que tem estado tão confuso sobre a origem delas.

Autorresponsabilidade: o caminho para a consciência

Ter autorresponsabilidade então não contradiz a realidade de um criador onipotente. Pois se tivéssemos plena consciência de nossas atitudes, comportamentos e conclusões erradas, nós conseguiríamos. Tudo o que temos a fazer é enfrentar a nós mesmos. Sem mais resistência, sem mais fingir que somos melhores do que somos e sem mais esforço para ser perfeito. Precisamos apenas nos ver como realmente somos, neste momento. A forma como Deus nos vê.

Quando pudermos ver cada pequeno aspecto de nós mesmos com tal liberdade, estaremos, naquele momento, em um estado de ser. E então dentro de nós perceberemos a verdade de Deus. Nesse instante, teremos a profunda percepção de que a autorresponsabilidade total não exclui a existência de um ser supremo. Na verdade, é uma evidência de como tal coisa poderia ser possível.

—A sabedoria do guia nas palavras de Jill Loree

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Adaptado das perguntas e respostas do Pathwork no final da palestra nº 105: A Relação da Humanidade com Deus em Vários Estágios de Desenvolvimento

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