A nossa maior batalha interna é o cabo de guerra do puxa-empurra entre o desejo de superar a solidão e isolamento e o medo da intimidade com uma outra pessoa. São desejos igualmente fortes e que causam uma cisão interna, levando-nos a sentir uma tensão gigantesca.

Tentamos escapar da dor do isolamento através da proximidade com alguém. Quando começamos a ter algum sucesso, nosso medo de intimidade explode e nos leva a recuar e empurrar o outro para longe. E, assim, o ciclo se repete. Primeiro, erguendo barreiras intransponíveis entre nós e os outros, e depois derrubando-nas e reerguendo o muro novamente.

Todos nós nos sentamos em uma pilha de riquezas interiores e não as oferecemos à vida. Freqüentemente, não temos certeza de quais são nossos ativos.
Todos nós nos sentamos em uma pilha de riquezas interiores e não as oferecemos à vida. Freqüentemente, não temos certeza de quais são nossos ativos.

Se estivermos trilhando um caminho espiritual de autorrealização, mais cedo ou mais tarde, perceberemos a situação em que nos encontramos. Existe um mesmo denominador comum para cada desarmonia, perturbação e fragmento de sofrimento: nossa luta entre desejar e temer a intimidade. E mantemos obstinadamente esses dois padrões que criam as barreiras que nos mantêm em estado de separação.

Nossos relacionamentos com outras pessoas só irão melhorar quando formos motivados pelo nosso eu mais íntimo. Pois nosso intelecto e vontade por si só não podem navegar no delicado equilíbrio que é permitir nossa autoexpressão e, ao mesmo tempo, acolher a autoexpressão dos outros. Não existe nenhuma regra que possa ser criada para administrar o ritmo da troca mútua. E nossos cérebros não estão em condições de ajudarem aqui.

A mente-ego não está equipada para lidar com o equilíbrio necessário entre nos afirmarmos e permitir que o outro se afirme, entre dar e receber, entre ser ativo e ser passivo. E não há fórmulas sobre as quais possamos nos apoiar. Isto não significa que nosso intelecto não tenha valor. É um instrumento que pensa mecanicamente, toma decisões e determina regras e leis. Mas por si só, não tem o sentido intuitivo ou a flexibilidade necessária para atender a cada momento como ele se apresenta. A mente não tem a capacidade de responder adequadamente. Para isso, precisamos entrar no núcleo de nosso ser e ativar nosso centro de comando interno que responde com dinamismo. Então, e somente então, a relação com outra pessoa poderá ser espontânea e satisfatória para ambos.

Se não estivermos em contato com nosso núcleo, não seremos capazes de funcionar direito quando a vida exigir uma solução criativa. Também não seremos capazes de alcançar o centro interno de outra pessoa. E é exatamente isso que precisa acontecer se quisermos sair do isolamento. Eis a verdadeira função de uma real intimidade e um real relacionamento, onde autoexpressões íntimas transcorrem no fluxo da vida e nos levam a um lugar de paz vibrante. Qualquer coisa abaixo disso é esforço, tensão e disciplina cansativa. E nada disso vai ajudar a alcançar a alegria da intimidade.

Como já podemos ter percebido, as pessoas têm medo de si mesmas. Faremos tudo o que pudermos para evitar olhar para nós mesmos. E quando conseguirmos superar dificuldades e resistências específicas, descobriremos que nossos medos não eram justificados. Sentiremos alívio e teremos uma sensação renovada de vida. Só então, neste momento, entraremos em contato com nosso eu mais íntimo. Mas se continuarmos em fuga—e ela pode assumir muitas formas—será impossível ter contato real com outras pessoas.

Por que temos tanto medo de entrar em contato com nossa própria essência ou com a de outra pessoa? Isso acontece por causa da nossa recusa arraigada de nos entregarmos à vida. Acredite ou não, esse é o nosso objetivo: nos conter—o que é totalmente destrutivo. A verdade é que, se estivéssemos dispostos a dar o nosso melhor para a vida, nunca estaríamos em conflito. Mas, em vez disso, todos nós nos sentamos sobre uma pilha de riquezas interiores e não as oferecemos à vida. Freqüentemente, não temos certeza de quais são nossos tesouros. E ainda que tenhamos uma intuição sobre o que eles são, não nos ocorre oferecê-los.

No entanto, uma vez a torneira de nossa riqueza interior for aberta, algo começar realmente a acontecer. Uma grande máquina interior ganhará vida e não teremos motivos para temer. Um movimento interno ocorrerá, operando numa bela ordem e harmonia. Cada um de nós pode deixar de ser uma criatura isolada que guarda seus bens para si, às vezes deixando-os abandonados e sem uso, para tornar-se alguém que dá o seu melhor. A mudança que essa transformação pode criar será tão drástica que é difícil expressar em palavras.

O que antes era sombrio e esforçado, cheio de medo, tensão e solidão, se tornará fácil, seguro, relaxado, brilhante e deliciosamente autoperpetuado. As coisas vão se encaixar automaticamente. Conheceremos um profundo sentimento de unidade com o mundo.

Mas até que essa mudança aconteça, nos sentiremos perpetuamente presos num redemoinho de querer e temer a mesma coisa. E isso, amigos, é uma tortura.

Cegado pelo medo: Insights do Guia Pathwork® sobre como enfrentar nossos medos

Duas abordagens necessárias

Essa luta de querer e temer a intimidade—tanto com os outros quanto conosco—não pode ser resolvida a partir de uma decisão mental em desistir de uma das duas alternativas: intimidade ou isolamento. Não funciona assim. A única saída é renunciar aos nossos objetivos destrutivos. Então, o melhor de quem somos virá à tona. E veremos que a única coisa temível é a nossa própria destrutividade. Desista dessa destrutividade e encontre a chave da vida.

Ajudará se pudermos dedicar alguns minutos por dia a pensamentos como este:

“Tudo o que já sou, quero dar à vida. Quero fazer o melhor uso de quem sou e do que tenho para dar. É claro que ainda não sei o que isso significa, e o que sei pode não estar muito certo. Mas estou aberto para permitir que uma sabedoria maior surja de dentro de mim e me oriente.

Deixarei a vida decidir como seria uma troca frutífera. Pois tudo o que eu dou à vida, veio da vida. Quero devolver meus presentes ao grande reservatório cósmico para que possam ser compartilhados com outras pessoas e trazer benefícios para elas. Sei que isso, por sua vez, também enriquecerá minha própria vida, na mesma medida que estou disposta a dar. Pois verdadeiramente, a vida e eu somos um.

Quando me retraio da vida, também me retraio de mim mesmo. Quando me escondo dos outros, eu também me escondo de mim mesmo. O que quer que eu seja, o que quer que esteja dentro de mim, deixo isso fluir para a vida. Seja o que for que ainda esteja à espera de ser descoberto, eu desejo colocar isso também em uso construtivo. Eu quero enriquecer o mundo ao meu redor.”

Com esta postura de buscar deliberadamente pensamentos como este, com um profundo significado, nossos problemas desaparecerão como neblina ao sol. A dor desaparecerá e surgirão soluções, mesmo para problemas que antes pareciam insolúveis. Isto é uma promessa.

Se, no entanto, sentirmos uma tensão interna, uma corrente do “não”, quando pronunciamos palavras como estas, então fica claro o que está causando a dor que sentimos em nosso isolamento e em nossa relação com os outros. E note que estas duas coisas funcionam como um time. Em qualquer grau que soframos com o isolamento, nesse mesmo grau teremos problemas em nossos relacionamentos. Além disso, na mesma proporção em que resistirmos a sair do isolamento, nessa mesma extensão, o isolamento nos será doloroso.

É difícil visualizar os potenciais ocultos dentro de nós quando estamos presos em um isolamento doloroso. A chave está em seguir nosso desejo de oferecer o que temos para dar. Isso é o que libera o bloqueio. Portanto, antes mesmo de experimentarmos totalmente os poderes internos, podemos invocá-los deliberadamente. O simples fato de saber que eles existem os ativará e nos permitirá usá-los de forma construtiva.

Nossa segunda abordagem será enfrentar todas as situações com total honestidade. Não é suficiente olhar para os acontecimentos de maneira superficial. Pois, quando prestamos atenção superficialmente em nós mesmos, é provável que superestimemos nossos objetivos positivos secundários e deixemos de lado nossos objetivos destrutivos mais poderosos. Precisamos prestar atenção a cada aspecto que formos percebendo para que possamos descobrir qual é o nosso verdadeiro comportamento.

Pois se nem tudo está indo bem é porque nem tudo em nós é construtivo. Onde poderíamos ser mais sinceros? Mais justo? Isso colocará nosso exterior em alinhamento com o interior, permitindo-nos cultivar uma conexão mais profunda com os poderes divinos que estão adormecidos.

Precisamos de ambas as abordagens se quisermos mover o medidor, pois ambas têm grande valor. Alguns podem ficar tentados a trabalhar apenas na ativação de seus poderes ocultos. Outros podem se concentrar no autoconhecimento para transformar sua destrutividade. Buscar apenas uma das duas abordagem é uma meio-termo que levará a resultados limitados.

É muito fácil ignorar o que está acontecendo. Precisamos ver nossa negatividade, sim, mas também precisamos melhorar nossa consciência de nossos potenciais positivos. A falta de consciência desses potenciais leva a uma chance limitada de sucesso. Mas se fizermos as duas coisas juntas, ao mesmo tempo que aumentamos nosso desejo de contribuir com a vida de todas as maneiras que pudermos, veremos um tremendo poder ganhar vida. Ativando nosso ser interior, a paz, a segurança e a maravilhosa vivacidade certamente se seguirão.

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Aqui está o erro básico: nunca sou eu contra o outro. Toda a luta humana depende dessa crença equivocada.
Aqui está o erro básico: nunca sou eu contra o outro. Toda a luta humana depende dessa crença equivocada.

Nosso erro básico

Temos a crença equivocada de que, se nos doarmos para a vida, vamos nos esvaziar. O problema é que esta visão cria uma barreira que nos impede de oferecermos o nosso melhor. E ainda por cima, temos a convicção errônea de que apenas quando agarramos o que desejamos—preocupados em obter pequenas vantagens—podemos nos desenvolver. Imaginamos, então, que esta é a maneira de fazer juz aos nossos desejos e prazeres.

Essas ideias arraigadas nos motivam a nos comportar da maneira como o fazemos. E aí vem o problema. E frustração. Porque a falsidade por trás dessas convicções nos faz agir, pensar e sentir de maneiras que são prejudiciais a todos, incluindo a nós mesmos. Como não temos consciência de como essa convicção errada pode ser poderosa—muitas vezes nem percebemos que é uma convicção errada—não entendemos porque nossos esforços não estão nos levando a recompensas. Ficamos cada vez mais confusos, desencadeando reações em cadeia dolorosas cuja natureza não podemos compreender.

Eis aqui o erro básico: “eu contra o outro”. Nada poderia estar mais longe da verdade. Saber disso pode ajudar se pudermos meditar profundamente de que forma essa crença aparece em nossas vidas. Uma vez que pudermos perceber o quanto esta crença está presente no nível do nosso ego, nosso objetivo é tentar compreender, a partir de outro nível do nosso ser, como o oposto é verdadeiro. Pois esta é a visão verdadeira.

Poderemos experimentar o prazer ao confrontar este conceito equivocado do ego com o conhecimento mais profundo do desejo de se doar à vida, adicionar algo à criação. Não existe prazer algum que precise ser negado. Isso definirá as engrenagens de nossa psique numa direção positiva. Começaremos a nos mover numa direção construtiva de forma que até o maior prazer possa se manifestar—e se manifestará para nós. Ativaremos a nós mesmos, mas não de maneira egoísta. Vamos substituir a atitude incorreta “eu contra o outro”, que leva ao isolamento, por “eu e o outro”.

Quando nossa psique se torna voltada para “eu e o outro”, o conflito aparente entre dar e receber desaparece. Não nos recusaremos a nos doarmos à vida. A tristeza e o sofrimento profundos também cessarão. A culpa e a frustração não existirão mais. Tem fim a terrível gangorra de sofrimento do isolamento, em que estendemos a mão, temos intimidade e depois afastamos as pessoas. Nossa luta acaba.

Continuamos fazendo isso: eliminamos barreiras porque a dor do isolamento se tornou insuportável, apenas para estabelecer novas barreiras porque somos oprimidos por nosso medo da proximidade. De onde vem esse medo da intimidade? Vem dessa convicção errada de que temos que nos salvar de sermos aniquilados. No entanto, só teremos uma percepção de que a natureza da vida é perversa na medida em que nossas próprias intenções forem igualmente nocivas.

Nosso trabalho é quebrar este círculo vicioso que nos leva a crer que a vida é cruel, como se tivéssemos que lutar contra a vida. E isto só pode ser rompido se quisermos oferecer uma contribuição generosa à vida. Então, e somente então, descobriremos que a vida é segura. É benigna. Assim como nosso eu mais íntimo. Nem mais e nem menos.

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Deixando ir

Enquanto nossa psique estiver voltada para uma direção negativa, temeremos o contato íntimo e estar num relacionamento nos parecerá assustador. Quem vai conseguir: eu ou o outro? Quem ganhará? Quem vai conquistar: eu ou o outro? Quem vai vencer? E começamos a ter medo de perseguir nossos objetivos destrutivos porque sabemos, no fundo, que tudo se tornará perigoso. Desse ângulo, é arriscado nos analisarmos ou estabelecermos contato com alguém. E é especialmente perigoso nos entregarmos ao êxtase da união.

Êxtase que passamos a evitar desesperadamente, pois isso ameaça diminuir o nosso controle. E sem nosso controle, nossas tendências destrutivas poderiam tomar conta e nos aniquilar. Portanto, desistir do controle se parece muito com a morte. Desistiremos de nossa segurança se renunciarmos à nossa vontade própria. Isto é o que realmente acontece enquanto nos apegamos a nossos metas destrutivas, oferecendo-lhes um refúgio seguro em nossa psique.

É por isso que a psique imatura vai ter a sensação de que a única coisa inteligente a fazer é construir barreiras em torno de si. Somente as defesas lhe dará a sensação de que a personalidade está protegida. A tragédia subjacente aqui é que, enquanto permitirmos que nossos propósitos destrutivos não sejam revistos, o isolamento será aquilo que nos permitirá ter um senso de identidade. Parecerá ser a melhor opção para preservar nossa individualidade.  

Mas a única possibilidade em que a perda de controle provoque morte ou impotência é neste contexto negativo. Em última instância, o ponto final deste conflito é o distúrbio mental.

Quando trocamos a crença “eu contra o outro” para “eu e o outro”, e consequentemente, passamos a entregar à vida quem somos e o que temos, não temeremos mais a perda de controle. Porque o abandono do controle do ego levará realmente a ter mais controle, e num sentido mais saudável, a mais plenitude. Pode-se confiar numa psique construtiva para ser espontânea e livre. Ela pode entregar-se a poderes interiores que combinam perfeitamente com a vida. Assim, podemos fluir com a vida e desfrutar da unidade de tudo o que ela é.

Quando pedimos ao pequeno ego que desista do controle, obtemos algo ainda melhor em troca. Pois ativaremos os poderes construtivos que vivem profundamente no âmago de nossa alma. E esses poderes nos tornam infinitamente ainda mais capacitados para determinar nosso próprio destino da melhor maneira possível. Só precisaremos desse controle interior rígido quando nossa psique está repleta de negatividade. Mas tal apreensão impede a união e a livre autoexpressão. Pois uma vida alegre só pode acontecer num estado de descontração. Conseguem ver o x do problema?

Na esperança de evitar um desastre, muitas pessoas se agarram a um controle cada vez mais severo. O grande perigo disso é que, finalmente, a nossa psique ficará esgotada até que ela se perca num longo processo de autoalienação. Agora, podemos começar a entender o paradoxo de que desistir do controle nos levará realmente a um maior controle, ao passo que, se nos agarrarmos rigidamente ao controle, acabaremos por perder o controle.

É assim com todas as grandes verdades espirituais: na superfície das coisas elas parecem contraditórias. Se quisermos perceber a unidade dessas contradições, teremos que usar nossa escuta interior profunda, e não apenas os ouvidos externos ligados diretamente ao nosso cérebro. Pois nosso intelecto só pode nos levar até certo ponto. Se quisermos verificar tais afirmações, teremos que viver sua verdade. E isso só pode ser feito seguindo os passos do nosso caminho espiritual.

O limiar que devemos atravessar para passar da autoalienação à harmonia pode parecer assustador. Mas, na verdade, tornamos isso mais difícil do que precisa ser. Permanecemos ali, querendo deixar nosso canto de isolamento e ganância, e ao mesmo tempo, exigindo de todos os outros. Tememos que as pessoas não nos obedeçam e, por sua vez, que exijam de nós o que nos parece perigoso de ofertar. Se ficarmos presos, esperando nesta porta, nos sentiremos de fato profundamente perturbados.

Qual é o acesso para o outro lado? Temos que pensar profundamente sobre esta situação e estas palavras, usando mais do que nossas mentes racional. Precisamos considerar a verdade do enunciado “eu e o outro” e perceber a loucura na crença de que estamos mais seguros se continuarmos perseguindo propósitos negativos e torcendo para derrotar a todos. Pois esse não é o caminho para a plenitude. Devemos chegar ao ponto em que nossos planos egoístas sejam confrontados.

Só então, veremos como nossa luta tem sido infrutífera. Ficará óbvio que nossa abordagem não tem funcionado e nunca funcionará. Não temos que continuar usando nossos mecanismos de isolamento porque o que somos é bom e não precisamos de barreiras e máscaras. Agora podemos começar a ofertar nossa bondade e, desta forma, começa a surgir este novo entendimento de que é mais seguro ser totalmente quem somos.

Toda a luta humana se baseia nesta crença equivocada do “eu contra o outro”. Quando começarmos a compreender esta verdade, então, esta simples verdade nos libertará. Podemos dar o primeiro passo em direção à liberdade meditando nestas palavras:

“Estou pronto para desistir desta noção errônea de que sou 'eu contra o outro'. Não existe tal conflito. Sendo assim, posso dar tudo de mim à vida. Peço ajuda do fundo do meu coração e decido ofertar o meu melhor, sem medo. Qualquer medo que eu tenha é um engano. Eu decido me livrar desta ilusão e me abrir aos poderes divinos que estão esperando para me guiar.

“Eu quero ver a verdade de que 'Eu sou um com os outros', o que significa que não há conflito entre nós. Este é o meu desejo, render-me e permitir que forças superiores me conduzam à harmonia, na retidão, sem esforço ou tensão. ”

Se meditarmos assim, aumentaremos nossa luz interior. Nossas dificuldades desaparecerão na proporção exata da nossa aceitação em relação a esta atitude. Devemos sentir e viver esta chave da vida, e então, tudo o mais virá. Mas, cuidado, palavras superficiais não mudam as coisas.

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Na verdade, é uma equação matemática simples: não nos sentiremos mais enganados pela vida quando não mais trapacearmos a vida nos negando a ela.
Na verdade, é uma equação matemática simples: não nos sentiremos mais enganados pela vida quando não mais trapacearmos a vida nos negando a ela.

O denominador comum

Tente aplicar esta fórmula maravilhosa a um problema específico que você está enfrentando. Pois se olharmos de perto, veremos que cada problema pode ser reduzido a um simples denominador comum: temos medo de entregar o nosso melhor e, em vez disso, alimentamos uma atitude destrutiva. É por isso que temos dificuldades. O grande problema é que nossa repressão e nossa crença no “eu versus o outro” provoca reações negativas em cadeia realmente prejudiciais que faz parecer que nossa falsa conclusão de que “sou eu contra o outro” estava certa. O problema é que isso vira uma bola de neve até que nossos erros se transformem em avalanches.

Muitos de nós tem a característica de criar reações positivas autoperpetuadoras em cadeia numa área da vida em que tudo acontece com facilidade, enquanto que outras áreas podem ser bem problemáticas. O que não percebemos é que nestas duas áreas, temos reações completamente diferentes à vida.

É nossa própria postura que é responsável por nossa “boa sorte” ou “má sorte”. Somos nós que estamos por trás da cortina que determina a plenitude ou a frustração. É por isso que é tão incrivelmente importante que dediquemos algum tempo para descobrir o que realmente pensamos e sentimos. A autoconfrontação é a porta para o outro lado. Abandonar nossa resistência é a chave.

O bem não pode existir por si só, isoladamente. Essa é a natureza de qualquer coisa boa. Tem que se comunicar. Tem que incluir os outros. Mesmo assim, tememos oferecer o nosso melhor e essa retenção cria tensão e ansiedade em nós. A partir daqui, parece mais seguro permanecer improdutivo e estéril. Sentimo-nos desconfortáveis em receber, mas isso é apenas porque tememos dar de nós mesmos.

Nesse estado imaturo, temos esse objetivo infantil e egoísta de receber o máximo que pudermos e dar o mínimo possível. É claro que isso nunca pode acontecer, não apenas porque é um negócio injusto para todos os outros, mas porque não corresponde à verdade e à lei espiritual. E estas leis não podem ser quebradas porque elas contêm sua própria ordem.

Na verdade, é uma equação matemática simples: não nos sentiremos mais enganados pela vida quando não mais trapacearmos a vida nos negando a ela. Podemos usar essa fórmula a nosso favor. Na verdade, devemos usá-lo o máximo que pudermos. Devemos querer usá-lo! Possui poder de cura para transformar uma vida monótona em uma vida dinâmica. Isso nos levará da solidão para a abundância em todos os aspectos. Teste a veracidade dessas palavras, amigos e a vida revelará suas possibilidades ilimitadas.

“Esteja em paz, esteja em você mesmo, em Deus!”

– Guia Pathwork
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